Bloco e Governo concertaram apresentação de imposto sobre o imobiliário

Respondendo a todos os que acusam o Bloco de mandar no Governo, Pedro Filipe Soares explica como foi tomada a decisão de apresentar o novo imposto

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Pedro Filipe Soares responde às críticas em entrevista à TSF Daniel Rocha

Para que não restem dúvidas sobre quem manda no Governo, Pedro Filipe Soares, líder da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda, clarificou em entrevista à TSF que a “estratégia mediática” de apresentação do novo imposto sobre o património imobiliário foi aceite pelas duas partes: Bloco e Governo, entenda-se.

“Fizemo-lo com o conhecimento do Governo e por isso enquadrada numa estratégia mediática aceite pelas duas partes que estiveram à mesa quer na elaboração da proposta, quer sobre a forma como tornar pública esta proposta”, disse o bloquista.

Recorde-se que a apresentação da nova tributação - a que já chamaram “Imposto Mariana Mortágua” ou “saque Mortágua” - foi feita na Assembleia da República, pelo BE e pelo PS, ao mesmo tempo, mas não em conjunto. Aos que acusam os partidos de precipitação e de terem apresentado a medida antes do tempo, Pedro Filipe Soares explica que este é um debate que está em curso e que está a ser “feito a tempo, antes até do debate orçamental, com toda a tranquilidade”. O bloquista insiste que o “processo foi analisado quer pelo Bloco de Esquerda, quer pelo Governo, com a envolvência do PS” e com a normalidade de quem trata estas matérias com a seriedade e o respeito das relações com que o deve fazer”.

Sobre a elaboração do Orçamento do Estado para 2017, o líder parlamentar do Bloco diz que, hoje, o partido sabe “muito melhor” como é que este processo é feito, e conhece a “vertente de negociação entre partidos e Governo” mas também as implicações da “conjuntura internacional, particularmente da Comissão Europeia”.

Repetindo o que alguns socialistas também disseram, ou seja que “nada está fechado”, Pedro Filipe Soares explica: “Estamos preparados para esse debate, que é um debate ainda em curso de muita disputa, de troca de opiniões, de planos b, planos c, alternativas às medidas que estão em cima da mesa, mas nunca deixando de caminhar nesta ideia de reposição do rendimento às pessoas e de reposição de direitos porque foi para isso que esta maioria foi criada e é para isso que deve servir”.

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