Autoridades detonam novos explosivos em Nova Jérsia

Mochila com os dispositivos foi encontrada perto da estação de comboios de Elizabeth.

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Imagem do caixote do lixo que explodiu no domingo em Nova Iorque Justin LANE/AFP

Depois de três incidentes com explosivos durante o fim-de-semana, a polícia americana encontrou no domingo uma mochila com cinco bombas artesanais, que tinha sido abandonada perto da estação de comboios de Elizabeth, no estado de Nova Jérsia.

Por volta das 21h30 (2h30 em Lisboa), dois homens comunicaram ter visto uma mochila no caixote do lixo, com fios e tubos à mostra, à porta de um bar nas imediações da estação, em Elizabeth (a norte de Newark). Depois de isolar a área, uma equipa de inactivação de explosivos utilizou um robô para cortar os fios, provocando inadvertidamente uma explosão, adiantou o mayor da cidade, Chris Bollwage. Os restantes quatro estavam ainda por desactivar.

“Imagino que se os cinco tivessem deflagrado ao mesmo tempo e houvesse um evento a decorrer poderiam ter levado muitas vidas”, comentou o autarca, citado pela Reuters. “Sei que existem outros dispositivos, não sei de que são feitos, mas terão de ser removidos”, adiantou.

Segundo Bollwage, não foram encontrados telemóveis ou aparelhos electrónicos necessários para fazer deflagrar as bombas dentro da mochila. “Quem quer que a tenha deitado fora estava provavelmente a tentar ver-se livre dela. Não era uma área muito congestionada”, afirmou à CNN. O mesmo responsável adiantou que ainda não é claro se Elizabeth, uma cidade com 130 mil habitantes, era o alvo, ou se o saco serviu apenas para confundir os investigadores.

Também ainda está por esclarecer se estes novos explosivos têm alguma relação com a bomba que no sábado à noite feriu 29 pessoas no bairro de Chelsea, em Manhattan, e a que foi encontrada não muito longe dessa e não chegou a detonar (ambas construídas com uma panela de pressão, telemóveis, luzes de Natal e materiais de fragmentação), ou ainda com a que explodiu sem atingir ninguém no sábado de manhã no Seaside Park de Nova Jérsia, adianta o New York Times.

Em relação à explosão em Chelsea, o governador Andrew Cuomo chamou-lhe “um acto de terrorismo”, mas admitiu que “não foi identificada nenhuma ligação a grupos internacionais como o Estado islâmico [EI]”.

Por outro lado, o EI reivindicou o ataque de sábado num centro comercial do Minnesota, lançado por um homem que esfaqueou nove pessoas (uma delas ficou em estado grave) antes de ser abatido pela polícia. Segundo a Amaq, a agência ligada aos extremistas, o responsável era um “soldado do Estado Islâmico”.

Os incidentes ocorrem a horas do encontro anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, que leva a Nova Iorque vários chefes de Estado (incluindo o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa).

“A cidade de Nova Iorque não é alvo de nenhuma ameaça credível e específica de uma organização terrorista", assegurou no domingo o seu presidente de câmara, Bill de Blasio. Ainda assim, a segurança para a Assembleia-Geral foi reforçada com um dispositivo que “será maior do que nunca”.

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