Governo promete 684 novas camas de cuidados continuados até ao final do ano

Até ao final do ano serão celebrados 49 contratos-programa, de acordo com o secretário de Estado adjunto e da Saúde.

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A região de Lisboa e Vale do Tejo vai ter disponíveis 135 novas camas na área dos cuidados continuados Nelson Garrido

O Governo vai celebrar até ao final do ano 49 contratos-programa para disponibilizar 684 novas camas de cuidados continuados integrados, em vários pontos do país, avançou esta sexta-feira à Lusa o secretário de Estado adjunto e da Saúde.

"Tínhamos cerca de 7800 camas abertas até ao final de 2015 e até ao final de 2016 teremos cerca de 8400 camas", assinalou Fernando Araújo, falando de um aumento de 26%.

O conjunto dos novos contratos-programa aponta para um investimento de 100 milhões de euros até 2018, acrescentou.

Falando à Lusa, na localidade de Figueira, no concelho de Penafiel, onde esta sexta-feira inaugurou uma unidade de cuidados continuados de longa duração e manutenção, com 25 camas, o secretário de Estado afirmou que é propósito do Governo, até ao final da legislatura, concluir a rede nacional, atingindo as 14.000 camas previstas.

"Esperamos eventualmente até ao final desta legislatura tentar chegar a esse valor, que é extremamente ambicioso, numa altura em que temos orçamentos de Estado extremamente exigentes", assinalou.

Apesar disso, prosseguiu, o Governo vai "tentar construir este tipo de respostas", em articulação com as associações locais de solidariedade social e com as autarquias.

Com esta inauguração, a região do Tâmega e Sousa passa a contar com 244 camas, o que representa 93% das necessidades, uma das melhores taxas do país, segundo destacou o governante.

Além da unidade de Penafiel, o secretário de Estado inaugurou esta sexta-feira outro equipamento idêntico na localidade de Polvoreira, no concelho de Guimarães, Guimarães, com capacidade para 30 camas de média duração e reabilitação,

A região norte do país, anotou Fernando Araújo, é a que está mais avançada neste tipo de resposta, com 2.889 camas, graças ao maior dinamismo da sua rede de instituições sociais.

"A região norte em geral tem conseguido este desenvolvimento muito virtuoso nestes 10 anos da rede e que nos dá uma segurança enorme de que vamos, pelo menos na região norte, atingir até ao final da legislatura o objectivo pretendido", reforçou.

Questionado pela Lusa sobre a região com mais necessidades na área dos cuidados continuados, Fernando Araújo apontou a zona de Lisboa como a que apresenta um menor número de camas.

O secretário de Estado não avançou com um número concreto, mas adiantou que a tutela e a Misericórdia de Lisboa estão a "desenhar um plano do ponto de vista estratégico para conseguir dar um impulso novo".

"Eu tenho a noção clara de que, até ao final da legislatura, iremos mudar radicalmente o panorama de Lisboa relativamente aos cuidados continuados integrados", previu.

A unidade de cuidados continuados, executada pela associação local, hoje inaugurada, tem 25 camas e custou cerca de 1,5 milhões de euros, um milhão dos quais comparticipado por fundos comunitários.

A unidade estava pronta há mais de dois anos, mas não tinha ainda sido celebrado o contrato-programa com o Estado que garante o seu pleno funcionamento. O novo equipamento vai permitir criar 20 novos postos de trabalho.

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