José Macedo medalha de bronze no boccia

Português conquistou a terceira medalha para Portugal nos Jogos Paralímpicos.

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José Carlos Macedo durante a prova REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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Portugal conquistou esta sexta-feira mais uma medalha, a terceira, nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, com José Macedo a conseguir o bronze no boccia, na categoria de BC3. O português e o sul-coreano Han Soo Kim disputaram um encontro equilibrado, só decidido no “tie-break” depois de um empate 5-5.

“É uma satisfação imensa ter conseguido este resultado, o treinador teve um papel muito importante e o atleta interpretou muito bem as indicações que lhe foram dadas", afirmou a seleccionadora nacional de boccia, Helena Bastos, lembrando que Portugal conquistou sempre medalhas na modalidade, desde os Jogos de 1984: "Esperamos que isso se mantenha por muito tempo".

Macedo conseguiu, assim, repetir o feito de há quatro anos, em Londres, quando também bateu o mesmo adversário, na altura por 3-1. O atleta do Sp. Braga está, aliás, habituado à conquista de medalhas, uma vez que tem seis no currículo. As primeiras foram há já 20 anos, em Atlanta: dois ouros na classe BC1, tanto na prova individual, como nos pares, com Armando Costa. Seguiu-se Sidney 2000, em que conquistou o ouro na prova individual de BC3 e, depois da ausência de medalhas em Atenas 2004 e de não ter ido a Pequim 2008, retomou o caminho do sucesso em Londres, com a conquista do bronze já referido e da prata na prova colectiva de BC3, juntamente com Armando Costa e Luís Silva.

Portugal teve ainda, esta sexta-feira, a hipótese de garantir uma quarta medalha, também no boccia, mas António Marques perdeu no encontro de atribuição do terceiro lugar frente ao sul-coreano Won Jong Yoo, por 1-8. “Os melhores objectivos em termos de classificação seriam ficarmos com resultados como tivemos em Londres”, dizia o chefe de missão Rui Oliveira antes da partida para o Brasil. Esse objectivo está, assim, cumprido, visto que há quatro anos também foram três as medalhas conquistadas.

Noutras finais desta sexta-feira, destaque para o quinto lugar de Miguel Monteiro no lançamento do peso F40. Na sua estreia em Jogos Paralímpicos, o atleta bateu o seu recorde pessoal, que fixou em 8,89 metros, ficando a 55 centímetros do pódio. O ouro foi para o iraquiano Garrah Tnaiash, com 10,76 metros. No ciclismo, na prova em linha C2, Telmo Pinão foi 22.º, a nove segundos do vencedor, o alemão Steffen Warias.

Foi um dia de várias eliminatórias na natação, mas não houve qualquer português a apurar-se para finais. O que esteve mais próximo foi Nelson Lopes, nos 50 metros costas S4, que, com o tempo de 53,51 segundos, foi nono no conjunto das duas séries (à final passaram os oito primeiros). Depois, David Carreira foi 14.ª da geral dos 50 metros livres S8, com o tempo de 29,32 segundos, e também não conseguiu aceder à final. Simone Fragoso deveria ter participado nas eliminatórias dos 50 metros costas S5 mas o seu nome não constou da lista de resultados publicada no site oficial dos Jogos.

A sexta-feira ficou também marcada pelo regresso do Brasil às medalhas de ouro, depois de dois dias em que não o tinha conseguido. Silvânia Costa venceu a prova de salto em comprimento T11, oito dias depois de, do lado masculino, o irmão Ricardo Costa ter ganho a mesma prova. Ainda em relação a brasileiros, Daniel Dias irá tentar, na noite desta sexta-feira, chegar à 22.ª medalha da carreira em Jogos Paralímpicos. No Rio de Janeiro já conquistou dois ouros, três pratas e um bronze.

No ciclismo, Alesandro Zanardi conquistou o ouro na estafeta por equipas H2-5, com a Itália a impor-se aos Estados Unidos por 47 segundos e à Bélgica por 1m28s. O ex-piloto de Fórmula 1, que perdeu as duas pernas, conquistou a terceira medalha no Rio de Janeiro, depois do ouro no contra-relógio da classe H5 e da prata na prova de estrada da mesma categoria. Em duas edições de Jogos Paralímpicos, o italiano tem seis medalhas conquistadas.

 

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