Curso de comandos retomado após exames médicos aos militares

Exames não revelaram contra indicações clínicas e o curso é retomado nesta quinta-feira.

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O actual curso de comandos que foi recentemente interrompido depois de dois militares que o frequentavam terem morrido na sequência de um treino vai ser retomado nesta quinta-feira. Em comunicado, o porta-voz do Exército, tenente-coronel Vicente Pereira, esclareceu hoje que os exames médicos realizados aos militares que integram o curso não revelaram contra-indicações clínicas.

“Considerando que a avaliação não revelou contra-indicações clínicas que impeçam a continuidade do curso”, o “general chefe do Estado-Maior do Exército autorizou que o 127.º curso de comandos retomasse as actividades previstas no Plano de Curso a partir de 15 de Setembro de 2016”, explica o Exército.

De acordo com o comunicado, os militares foram submetidos a exames relativos ao seu estado geral de saúde e a uma avaliação da degradação de funções específicas, além de uma entrevista com um médico. Esta avaliação, sublinha o Exército, incidiu sobre as funções hepática, renal e sobre a destruição muscular e as alterações hidro electrolíticas registadas nos militares.

 “Os resultados dos exames foram avaliados por médicos de Medicina Desportiva, Internista, Cardiologista e Ortopedista”, salienta o Exército.

Já a abertura de mais cursos para a formação de comandos fica suspensa enquanto decorre uma inspecção técnica extraordinária às provas de classificação e selecção de comandos” e aos “seus referenciais”, anunciou o Exército na semana passada.  

Também o ministro da Defesa já se referiu ao recomeço do curso de comandos na audição parlamentar que decorre esta tarde no Parlamento. Azeredo Lopes aproveitou para elogiar o “sentido de Estado” dos líderes dos dois partidos da direita, Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas, depois de a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, ter vindo a público defender a extinção dos comandos na sequência da morte dos dois militares.

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