"Cupping": copos quentes e sanguessugas

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A primeira aparição de Michael Phelps com marcas circulares nas costas suscitou inúmeras questões: de que se trataria? Tatuagens? Teria Phelps adormecido sobre um conjunto de bolas de ténis? A resposta veio a revelar-se mais tarde: a terapia "cupping" é utilizada por atletas para acelerar a recuperação do tecido muscular após o esforço, para remover toxinas do organismo e melhorar a circulação sanguínea. Consiste na colocação de pequenos copos de vidro previamente aquecidos sobre a área a tratar. O calor gera um efeito de sucção sobre a pele, que faz com que algum sangue surja à superfície. Apesar de ser encarado por muitos especialistas como tendo dúbia eficácia, Phelps é apenas um dos muitos atletas que já aderiram ao tratamento — e aparentemente com sucesso. A Reuters esteve no Cairo, num centro médico em Shubra El-Kheima, que aplica várias modalidades do "cupping", uma com recurso aos copos e outra a sanguesssugas. Mohamed El-Sayed, um dos médicos que aplica a técnica há mais de cinco anos, diz ter uma ampla e crescente gama de clientes: desde idosos com falência renal, a homens com espasmos musculares e mulheres com caimbras menstruais.