Grupo de professores protesta em Coimbra contra “prioridades trocadas” do Governo

Acção está marcada para esta segunda-feira.

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Movimento reclama redução do número de alunos por turma Enric Vives-Rubio

A construção simbólica de uma balança que tem num dos pratos o dinheiro para Parcerias Público-Privadas e a banca e, no outro, com muito menos investimento, a educação, o emprego e a saúde, será a forma de o Movimento + Escola Pública, constituído por professores do ensino público de Coimbra, assinalar o início do ano lectivo, “denunciando as prioridades trocadas” do actual Governo.

Este movimento cívico de docentes, que nasceu no final do ano passado na cidade de Coimbra, marcou para esta segunda-feira, pelas 15h00, à frente da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares-Coimbra, esta acção de protesto que lembra que há cerca de 30 mil docentes desempregados, refere um dos seus representantes, o professor de Biologia André Pestana.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) calculou que até ao início do ano lectivo, que começa a partir de 9 de Setembro, sejam colocados nas escolas mais três mil professores, esperando-se que o número de docentes do quadro sem turmas atribuídas, que actualmente, é de 1500, fique reduzido a zero.

O movimento, que junta algumas dezenas de professores, reclama como prioridades a redução do número de alunos por turma e o reforço de funcionários e psicólogos nas escolas. Criticam também a passagem “de uma gestão democrática, que existia com os antigos conselhos directivos das escolas, para a eleição de um todo-poderoso director”, em cuja escolha influem os partidos, diz André Pestana. Nota ainda que a criação de mega-agrupamentos escolares veio afastar as direcções dos estabelecimentos de ensino dos alunos e das suas famílias.

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