Boxe, muito mais do que um combate

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Escola de Boxe João Faleiro, Algueirão Mem-Martins. Gala da Liberdade. Um atleta amador (na foto, da Rounds Academy) nunca está só Gustavo Lopes Pereira
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Boa Hora Futebol Clube, Ajuda. O momento da derrota (atleta da Escola de Boxe Fernando Silva, do Clube Desportivo de Paço de Arcos) Gustavo Lopes Pereira
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Escola de Boxe João Faleiro, Algueirão Mem-Martins. A concentração antes do combate (atleta da Rounds Academy) Gustavo Lopes Pereira
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Num balneário da Escola de Boxe João Faleiro, em Algueirão Mem-Martins, um jovem do Lisboa Futebol Clube aguarda a hora do seu primeiro combate de boxe Gustavo Lopes Pereira
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Pavilhão Casal do Privilégio, Póvoa de Santo Adrião.Atleta da Escola João Faleiro. No boxe amador treinadores, familiares e amigos juntam-se por vezes aos atletas antes dos combates Gustavo Lopes Pereira
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Escola de Boxe João Faleiro, Algueirão Mem-Martins. Atleta da Rounds Academy. Nos combates de boxe amador é obrigatório o capacete de protecção Gustavo Lopes Pereira
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Protestos no Boa Hora Futebol Clube, no combate Pedro “Number One” Matos vs Luís “Ciclon” Espinosa Gustavo Lopes Pereira
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Escola de Boxe João Faleiro, Algueirão Mem-Martins. O treinador de boxe do Liberdade Futebol Clube de Almada, Nené, na Gala da Liberdade Gustavo Lopes Pereira

Gustavo Lopes Pereira descobriu o mundo do boxe em 2014. Anda desde então de máquina fotográfica atrás dos atletas, muitas vezes por causa de compromissos contratuais. Confessa ter descoberto, entretanto, que “é muito mais interessante fotografar fora do ringue do que dentro”. E fora dos compromissos é o que tem feito. Sobretudo as galas, “noites com dez ou mais combates seguidos, eventos que demoram”, mas que têm também um objectivo. Os organizadores sabem que “quanto mais combates houver, mais gente aparece, mais família, mais amigos”, observou o fotógrafo.

A objectiva captou diferenças entre o boxe amador e profissional. Os combates profissionais “têm mais público, o nível técnico é maior, os atletas andam de tronco nu e podem ter apetrechos” até entrarem no ringue. Os amadores não. Têm de envergar uma T-shirt, são obrigados a regras diferentes.

Entre Março e Abril de 2016, Gustavo Lopes Pereira percorreu escolas e clubes da região de Lisboa, procurou galas amadoras – retratadas nestas oito fotos -, a tensão dos seus atletas antes do combate e a companhia dos familiares e amigos. Foi uma busca que, admite, é a sua “visão do boxe”.

Em Jubiabá (1935), de Jorge Amado, os amigos da rua, a família e os vizinhos entram na história de Balduíno antes e depois deste entrar nos ringues pela mão de Luigi. “No Largo da Sé estavam todos os amadores das lutas de boxe e mais frequentadores da Lanterna dos Afogados, inclusive Seu António, os moradores do Morro do Capa Negro, os amigos de António Balduíno. Primeiro entrou no tablado o juiz, um sargento do Exército, que estava à paisana. Falou: - Vamos ver uma luta braba. Peço ao público muito respeito e aplausos.”

Que comece o combate.

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