Casa-estúdio de Prince transformada em museu

Propriedade de Paisley Park vai abrir ao público no próximo dia 6 de Outubro, com visitas guiadas aos espaços de trabalho, e também privados, do criador de Purple Rain.

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Prince num concerto em Paris, em 2011 BERTRAND GUAY/ AFP
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Vista da propriedade de Paisley Park Mark Ralston/AFP

À imagem do que aconteceu com a Graceland, de Elvis Presley (1935-1977), a casa-estúdio de Prince (1958-2016), conhecida como Paisley Park, em Chanhassen, no Minesota, EUA, vai ser transformada num museu, com abertura ao público já anunciada para o próximo dia 6 de Outubro.

A notícia foi avançada na última quarta-feira pela PP Management, um braço da Bremer Trust, entidade que gere o património do músico e compositor inesperadamente falecido no passado dia 21 de Abril, vitimado por uma overdose de drogas – é a mesma entidade que se ocupa da gestão da propriedade do rei do rock ‘n’ rol em Memphis, e que após a sua morte, em 1977, se tornou num lugar de peregrinação de fãs de todo o mundo.

É também esse o objectivo do projecto para Paisley Park, a propriedade de perto de vinte hectares onde Prince se estabeleceu em meados dos anos 1980, na sequência da rodagem do filme Purple Rain (Albert Magnoli, 1984), e onde instalou a sua habitação, estúdios e espaços de trabalho. A morte do artista veio igualmente transformar a propriedade num lugar de peregrinação dos fãs, e consequentemente numa nova oportunidade de investimento.

“Abrir Paisley Park [ao público] era uma coisa que Prince sempre quis fazer, e estava a trabalhar activamente nisso”, diz Tyka Nelson, a irmã do artista, citada num comunicado do Bremer Trust. “Apenas algumas centenas de pessoas tiveram a rara oportunidade de visitar a propriedade enquanto ele foi vivo. Agora, os seus fãs de todo o mundo vão poder conhecer o mundo de Prince pela primeira vez, quando nós abrirmos as portas deste lugar inacreditável”, acrescenta o texto.

Restritas ao piso principal do complexo, as visitas vão permitir conhecer por dentro os espaços onde Prince vivia e trabalhava no seu dia-a-dia, incluindo o estúdio de gravação e misturas onde registou a maioria dos seus grandes êxitos. Vão revelar também o guarda-roupa do cantor, os instrumentos musicais que utilizava, além de gravações áudio e vídeo, algumas inéditas. Em suma, centenas de peças em que se contam igualmente os prémios e toda uma memorabilia dos seus concertos.

O roteiro das visitas inclui ainda o seu estúdio privado NPG – sigla que, entre 2001 e 2006, se tornou o site oficial do artista, adoptando o nome da sua banda New Power Generation – e a sala de concertos privada onde preparava as suas actuações ao vivo.

No programa inicial, as visitas ao museu Prince vão ser feitas em grupos de 25 a 30 pessoas, vão durar 70 minutos e custar 38,50 dólares (cerca de 34 euros). Mas o Paisley Park vai também admitir visitas especiais para pequenos grupos, que custarão à volta de 100 dólares por pessoa, de acordo com o número de visitantes. Segundo o The Washington Post, a antiga residência de Prince irá igualmente voltar a acolher concertos e a proporcionar a gravação de discos, não estando, no entanto, nenhuma destas actividades previstas até Março de 2017.

Quem já se pronunciou com grande expectativa sobre os efeitos benéficos da criação do museu foi o presidente da câmara de Chanhassen, a cidade do Minnesota onde está localizado o Paisley Park: "Os milhares de visitantes do museu vão desfrutar da mesma hospitalidade e respeito que Prince teve em Chanhassen", disse o autarca de uma cidade para onde está prevista a construção de vários hotéis, tendo em vista responder à previsível procura pelo novo museu.

O Washington Post avança também que está prevista a realização de um concerto de tributo a Prince no próximo dia 13 de Outubro, no U.S. Bank Stadium, em Minneapolis.

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