Patrícia Mamona e o seu melhor dia: “Estou muito feliz”

Saltadora portuguesa muito satisfeita com o recorde nacional que lhe deu o sexto lugar na final olímpica do triplo salto.

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Patrícia Mamona bateu o recorde nacional do triplo salto REUTERS/Ivan Alvarado
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O melhor salto da vida de Patrícia Mamona não chegou para um lugar entre as três primeiras da final olímpica do triplo salto no Rio de Janeiro, mas a saltadora do Sporting não se mostrou nada desiludida pelo sexto lugar obtido. Antes pelo contrário.

“Estou muito feliz. Este foi o meu melhor dia. Não é desilusão nenhuma porque dei o meu melhor. Se não tivesse dado, aí ia ficar triste. Já não deu, as outras saltaram mais. Em Londres tinha dado uma medalha de prata, mas não estamos em Londres. E em Tóquio espero fazer muito melhor”, disse Mamona, que estabeleceu durante a final um novo recorde nacional da disciplina: 14,65m, mais sete centímetros do que o anterior recorde.

O recorde nacional surgiu ao quinto ensaio e todos os saltos de Patrícia Mamona ficaram acima dos 14 metros: 14,39 no primeiro, 14,14 no segundo, 14,45 no terceiro, 14,42 no quarto e ainda 14,59 no último.

A final, reconheceu a campeão europeia, foi muito forte. “O triplo salto tem evoluído muito e ainda bem que eu faço parte deste grupo. Ainda tenho o sonho de fazer melhor e tentar medalhas. Sinceramente, estou super orgulhosa. Já fui campeã da Europa, isso já ninguém me tira. Esta época foi muito boa para mim ”, frisou.

As outras competições a decorrerem em simultâneo, com Usain Bolt a provocar muito barulho no Estádio Olímpico, não ajudaram à concentração. “Desconcentrou-me um bocado e eu até falei com o juiz. Normalmente fecham as provas nas partidas das corridas e não me deram mais tempo.”

Susana Costa, a outra portuguesa na final do triplo salto, fez nulo nos dois primeiros saltos e os 14,12m que fez no terceiro não chegaram para a levar aos três saltos finais. Foi a primeira das eliminadas, terminando em nono na sua estreia em Jogos Olímpicos.

"Foi uma final boa. Eu tentei dar o máximo que tinha e não tinha no último, infelizmente não deu para ir as oito finalistas, mas estou contente com a minha prestação, muito contente por ser finalista e venha a próxima época", afirmou a saltadora, de 31 anos. 

A discussão do ouro acabou por ser um assunto sul-americano. Depois da prata em Londres, a colombiana Catarine Ibarguen chegou finalmente ao título olímpico, ganhando a primeira medalha de ouro da história da Colômbia no atletismo. A campeã mundial saltou o seu melhor do ano (15,17m), com a jovem venezuelana Yulimar Rojas a ficar com a prata (14,98m).

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