Incêndio de Águeda controlado, chamas continuam em Arouca e Ponte de Lima

Incêndio de Resende (Viseu) quase extinto. Em Arouca, os meios aéreos entraram em campo para combater fogo em zona de altitude. Há quase 2500 bombeiros no terreno este sábado.

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Os bombeiros a trabalhar no concelho de Águeda, sexta-feira rui Farinha/nFactos

Um dos dois grandes incêndios que ocupam os bombeiros desde o início da semana está novamente a ser dado como controlado - o fogo em Préstimo, no concelho de Águeda, está em fase de resolução, de acordo com a Protecção Civil, que espera tê-lo definitivamente debelado em breve. Continua activo e a ocupar o maior contingente de combate ao fogo no país neste sábado o incêndio no concelho de Arouca, na zona de Janarde.

O incêndio de Águeda "está em consolidação", disse à Lusa o adjunto de operações da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Miguel Cruz, que acrescentou que a autoridade espera "a breve trecho" que o fogo possa "vir a ser dado como dominado". No site da ANPC, aliás já surge essa indicação de "incêndio dominado".

Este incêndio no distrito de Aveiro deflagrou na segunda-feira e estava depois das 10h30 a ser combatido por 393 bombeiros e 119 meios terrestres. O presidente da Câmara, Gil Nadais, estimou à Lusa esta madrugada que os incêndios tenham consumido mais de 30% da área do concelho. "Ardeu quase tudo até ao IC2, com excepção das zonas urbanas". O fogo destruiu um armazém de materiais de construção e alguns anexos, além de toda a madeira guardada nessa estrutura, indica ainda a Lusa.

Portugal desaguou todo em Águeda, mas mesmo assim o fogo teimou em não ceder

Activo e a concentrar o maior número de operacionais no terreno num só incêndio continua o fogo no concelho de Arouca, onde estão 510 bombeiros e 163 meios terrestres, estando em cima da mesa a entrada de meios aéreos. Há "uma frente com alguma extensão" disse Miguel Cruz à Lusa sobre uma "zona de altitude com dificuldade de acessos significativa" e estão em campo já seis meios aéreos que têm disponíveis - um Canadair italiano, dois Canadair de Marrocos, dois aviões médios e um helicóptero.

Este foco já foi dado como dominado na sexta-feira ao início da noite mas "reactivou na zona confluente com o distrito de Viseu", acrescentou. Continua a apresentar, segundo a Autoridade Nacional de Protecção Civil, riscos mistos numa zona rural que também envolve povoamento florestal. Há uma frente activa numa zona habitada.

Também continua activo o fogo em Rebordões, no concelho de Ponte de Lima (distrito de Viana do Castelo) que consome mato desde cerca das 21h de sexta-feira. No local encontram-se 65 bombeiros e 21 meios terrestres, além de dois aviões Canadair. Debatem-se com duas frentes activas.

Já no concelho de Resende, no distrito de Viseu e na freguesia de São Martinho de Mouros (da localidade de Vila Verde), deflagrou um incêndio na madrugada de sexta-feira que esta manhã concentrava 69 bombeiros numa zona de mato com povoamento mas que está já em fase de conclusão. 

Estes são os maiores incêndios activos em Portugal continental, sendo que a ANPC à hora de publicação desta notícia contabilizava um total de 56 fogos no território nacional, que mantêm no terreno 2456 homens, a maior parte dos quais – 1352 – a trabalhar no distrito de Aveiro. A GNR indicou também que as autoridades vão estar atentas, neste fim-de-semana prolongado de festas nas localidades, ao uso do fogo-de-artíficio e seus riscos para os incêndios. Quanto às previsões meteorológicas para este sábado, Miguel Cruz disse que se mantêm "as condições de risco que temos tido ao longo desta semana, com excepção do vento que está mais fraco".

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