As reacções políticas à morte de Moniz Pereira

Da esquerda à direita, foram várias as personalidades políticas que mostraram as suas condolências após o falecimento do antigo atleta e treinador Mário Moniz Pereira, com 95 anos, no passado dia 31 de Julho.

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Todos os partidos reagiram, consternados, à morte de Moniz Pereira Carla Rosado

O antigo treinador, atleta e dirigente do Sporting nas modalidades do atletismo, que em vida construiu uma carreira de ambição e glórias desportivas não só em Portugal como a nível internacional, foi homenageado e lembrado por várias figuras e partidos políticos portugueses. Da esquerda à direita, as reacções foram unânimes. Todas realçaram as contribuições do "senhor atletismo", como era conhecido, para o panorama desportivo nacional.

O comunicado de Pedro Passos Coelho exalta Moniz Pereira como "uma das maiores referências do desporto nacional e da sociedade portuguesa" e um marco na formação de inúmeros atletas, contribuindo para o crescimento do orgulho português numa vida dedicada não apenas ao desporto, mas também ao país.

Para o Partido Socialista, a morte do antigo treinador representa uma "perda irreparável", relembrando como, sob a sua alçada, Carlos Lopes ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, e Fernando Mamede quebrou o recorde mundial dos 10.000 metros em Estocolmo. O comunicado dos socialistas refere ainda um "legado de competência, sabedoria e conhecimento", bem como rasgados elogios à devoção de Moniz Pereira.

A par com a reacção do PS, António Costa trouxe à memória a visita guiada que o "atleta múltiplo, treinador ímpar e dirigente dedicado" lhe concedeu ao museu do Sporting. O primeiro-ministro afirmou ainda que a melhor forma de homenagear o espírito de Moniz Pereira, campeão personificado do "espírito olímpico", é "disputar com desportivismo os Jogos que se avizinham".

O CDS demonstrou solidariedade para com todos aqueles que rodeavam o ex-atleta. Num comunicado assinado por Nuno Magalhães, presidente do grupo parlamentar centrista, Moniz Pereira é descrito não só como um homem "unânime", que "granjeava a simpatia de todos", mas também como uma pessoa versátil, devido às suas incursões na área da cultura e composição musical. Além disso, o partido pretende ainda levar em Setembro à Assembleia da República um voto de pesar.

Do outro lado do hemiciclo, o PCP fez sentir o seu pesar em comunicado à imprensa, descrevendo o falecido como uma "personalidade reconhecida pela dimensão e valores culturais, éticos e humanistas que marcaram o seu percurso de vida e profissional".

Eduardo Ferro Rodrigues, Presidente da Assembleia da República, expressou em comunicado a perda que se sentiu para Portugal, o patriotismo, o desporto e o Sporting com o falecimento da figura pública, acrescentando que "muitas das vitórias e recordes inolvidáveis do atletismo português, desde há mais de 30 anos, têm a sua mão de treinador e compositor". 

A Presidência da República não ficou indiferente. Marcelo Rebelo de Sousa, emocionado com o falecimento de um "homem bom", como descreve Moniz Pereira, reforça como a sua vida pode servir de exemplo à "vontade de todos os desportistas nacionais de se superarem e obterem resultados que o honrem e o recordem como grande motivador do nível que o nosso atletismo e nosso desporto têm atingido".

Segundo comunicado oficial do Sporting Clube de Portugal, a missa está marcada para esta terça-feira pelas 13h, na Igreja de São João de Deus em Lisboa, seguida do funeral no cemitério do Alto de São João, pelas 16h.

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