Lucro do Bankinter sobe 45% com compra de negócios do Barclays
Resultados do primeiro semestre revelam um lucro de 286 milhões de euros
O Bankinter teve um lucro de 286 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 45%, impulsionado pela compra do negócio comercial do Barclays em Portugal, anunciou hoje o banco. Em comunicado, o Bankinter explicou que os resultados dos primeiros seis meses são, em parte, reflexo da aquisição das operações de Banca de Particulares, Banca Privada e Banca de Empresas que o Barclays detinha no mercado português, concluída no passado dia 01 de Abril.
Nos primeiros seis meses, o grupo alcançou um resultado líquido consolidado de 286 milhões de euros e um resultado antes de impostos de 401,6 milhões de euros, o que representa crescimentos de 45% e de 44,4%, respectivamente, comparado com o mesmo período do ano passado. Sem considerar a operação de compra da rede de retalho do Barclays em Portugal, o resultado líquido seria de 203 milhões de euros, mais 2,9% em relação a Junho de 2015 e um resultado antes de impostos de 286,8 milhões de euros, uma subida de 3,2%.
Já os créditos a clientes cresceram 6,3% para os 45.809 milhões de euros, excluindo Portugal, o que contrasta com a quebra do crédito a empresas e famílias na economia espanhola.
O rácio de incumprimento situa-se em 4,25%, já integrando o novo negócio, menos de metade da média do sector, acrescenta o banco na mesma nota.
"A rentabilidade sobre o capital investido cresce até 12,9%, devido ao efeito positivo do reforço da operação em Portugal, e, excluindo este efeito extraordinário, mantém-se nos 10,5%, o mais elevado da banca em Espanha", acrescenta. Simultaneamente, o Bankinter afirma que mantém a boa qualidade dos seus activos e os níveis de solvência entre os mais elevados da banca espanhola.
Em relação à qualidade dos activos, o banco informa que a taxa de incumprimento situa-se nos 4,25%, face aos 4,43% de há um ano, um rácio que representa metade da média do sector em Espanha, que em maio se situava nos 9,8%.
"Isto depois de assumir os créditos de cobrança duvidosa da filial em Portugal, bastante superiores, em termos relativos, aos do grupo", conclui.