O FC Porto perdeu nesta quinta-feira com o PSV Eindhoven por 3-0, em mais um jogo de pré época.

Avisado do sucedido com o Sporting, perante este mesmo PSV – independentemente das questões em torno da arbitragem –, o FC Porto optou por aliviar a carga no último treino, estabelecendo desde logo um termo de comparação relativamente aos “leões”, que aproveitaram a manhã do dia do jogo com o PSV Eindhoven para treinar.

Nuno Espírito Santo, que operou cinco alterações em relação ao último "onze" utilizado, já na Alemanha, confiou ao brasileiro Evandro (regressado de lesão) a missão de gerir os tempos e ritmos num meio-campo supervisionado por Herrera em que João Carlos Teixeira assumiu o risco e a transição ofensiva.

O plano até resultou, com Evandro a distribuir jogo entre linhas, criando dificuldades ao adversário. O bi-campeão holandês – que mudou apenas duas pedras em relação ao jogo com o Sporting, com Guardado e Narsingh a renderem Maher e Locadia - analisou o quadro sem precipitações.

E a primeira ilação que retirou foi a de que o FC Porto não estaria na disposição de expor-se e cometer o mesmo tipo de erros do rival sportinguista. Os portistas aptaram por explorar o estilo de jogo apoiado do PSV para começar a condicionar a saída de bola dos holandeses, roubando oxigénio e criatividade ao adversário, o que levou a um controlo efectivo na fase inicial.

O guião parecia bem estruturado e João Carlos Teixeira baralhava o PSV com uma incursão pela direita a tirar cruzamento para Marcano assinar o primeiro grande momento do encontro, ao minuto 12, num cabeceamento a que Zoet respondeu com defesa apertada.

Os “dragões” empolgaram-se e voltaram a desenhar um lance de perigo… Mas perante a ausência de Layún (um dos cinco titulares do jogo com o Osnabrück que começaram este jogo no banco, juntamente com Rúben Neves, Josué, Brahimi e Aboubakar), o PSV explorou alguma hesitação na faixa do recém-chegado Alex Telles para desfazer o equilíbrio de forças e marcar um golo que o FC Porto sentiu e acusou, acabando por quebrar e perder o controlo que detinha até esse instante.

As dificuldades tornaram-se cada vez mais notórias e na sequência de um cruzamento do flanco oposto, acabou por ser outro rosto novo no Dragão a originar o 2-0 para o PSV, num auto-golo do defesa central Felipe.

Com a chama a ameaçar extinguir-se, o FC Porto acabou por reagir e recuperar o fôlego, sempre com o “capitão” Herrera a assumir a liderança, colocando Jetro Willems em sentido com um safanão que teve o condão de acordar o “dragão”. Maxi Pereira aproveitou a deixa e foi à procura do espaço interior para aplicar um bom remate que, sem beliscar o guarda-redes do PSV, permitiu fechar a primeira parte impondo uma nova ordem, com os portistas a dizerem que não se renderiam.

Para a segunda metade, Rúben Neves assumiu a batuta, rendendo Evandro, e o FC Porto partiu à procura de um resultado diferente. 
A linha da frente mostrou-se, então, mais interventiva, com Otávio, André Silva e Corona a delinearem lances incisivos. O PSV voltava à condição de observador, embora com o conforto de dois golos, que geriu sem riscos, sempre na expectativa de decidir o desafio. Como decidiu aproveitando as nove substituições de uma assentada no FC Porto. Até final, com pouco mais de dez minutos para jogar, o FC Porto conformou-se com a inevitabilidade do desfecho negativo e controlou maiores danos.

Pelo FC Porto alinharam: José Sá; Maxi Pereira, Felipe, Marcano, Alex Telles; Herrera, Evandro, João C. Teixeira; Corona, André Silva, Otávio. Jogaram ainda: Rúben Neves, Brahimi, Josué, Aboubakar, André André, Varela, Chidozie, Reyes, Layún, Hernâni