Fogo de Vale de Cambra é o mais preocupante do dia

Dois incêndios no Norte são considerados como as ocorrências mais graves do dia pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.

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Ao início da noite chegou a haver três fogos "importantes", mas dois foram dominados Adriano Miranda

O incêndio florestal que lavra há mais de 15 horas em Vale de Cambra evolui favoravelmente, mas não se sabe quando será controlado, explicou o comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Aveiro à Lusa. "O incêndio está a ceder aos meios, mas ainda está longe de estar dominado", disse o comandante José Bismarck.

Das três frentes activas, duas estão dominadas a 80%, mas continuam a merecer grande atenção por parte dos bombeiros por causa das "reactivações violentas", precisou a mesma fonte. "Estamos com uma temperatura alta e o vento diminuiu de intensidade e rodou ligeiramente para norte", adiantou José Bismarck.

O comandante referiu ainda que as chamas andaram perto das povoações de Cepelos, Irijó e Gatão e da zona industrial de Junqueira, onde se encontra instalado o posto de comando, mas os bombeiros conseguiram manter o fogo afastado destes locais.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Vale de Cambra, José Pinheiro (CDS-PP), que tem estado a acompanhar o evoluir da situação, destacou o "bom trabalho" que tem sido feito pelos bombeiros. "Várias vezes o fogo esteve perto de moradias, mas sem as pôr em risco, devido à pronta actuação dos meios que estavam no terreno, com a ajuda de alguns populares", disse o autarca, adiantando que o vento tem sido o principal inimigo do combate que está a ser desenvolvido há várias horas.

José Pinheiro referiu ainda que o fogo "galgou rapidamente" uma mancha florestal considerável, estimando que tenham ardido centenas de hectares de floresta.

De acordo com a página da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o fogo que deflagrou cerca das 0h30 na freguesia de Junqueira está a ser combatido por 199 homens, com o auxílio de 67 viaturas e dois meios aéreos.

Às 15h, este era o único incêndio no país com uma duração superior a três horas e mais de 15 meios de protecção e socorro envolvidos, mas, pelas 16h30, a ANPC alertava também para um outro incêndio com dimensões consideráveis, em Sobrado, Valongo. Com uma frente activa e a lavrar desde as 13h, as chamas estavam a ser combatidas por 62 operacionais, com o auxílio de 21 viaturas e três meios aéreos.

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