Centro Rómulo leva ciência ao rio, ao mercado, a jardins e a cafés de Coimbra

Iniciativas no âmbito do Ciência Vivas vão preencher sete espaços da cidade até Setembro

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A experiência de observação astronómica vai ser transporta para um barco no Mondego Nelson Garrido

Ciência no rio ou no jardim, no mercado, no parque ou na esplanada de um café são algumas das propostas do Rómulo/Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra (UC) para este Verão nesta cidade. Integradas no programa "Ciência Viva no Verão em rede 2016", que decorre entre sexta-feira e 15 de Setembro, o Rómulo promove, em cooperação com diversas entidades, mais de três dezenas de actividades relacionadas com os espaços da cidade de Coimbra em que se vão realizar.

O Mondego e o barco "Basófias" serão palco para as acções de "Ciência no rio", em que, sob a orientação do astrónomo João Fernandes, os participantes, munidos de lunetas idênticas às do tempo de Galileu e réplicas de quadrantes e astrolábios antigos, farão observações celestes como os antigos navegadores. Mas antes e depois daquela experiência (agendada para esta sexta-feira e 9 de Setembro e que pode ser repetida, nas duas noites, em função do número de inscrições), os participantes também terão oportunidade de fazerem observações com um telescópio moderno.

Esta será "a primeira vez que, em Coimbra, cidade com grande tradição na ciência, se realizará uma actividade de divulgação astronómica em contexto fluvial", sublinham a coordenadora do Rómulo, Maria Manuela Serra e Silva, e o bioquímico António Piedade, que falavam esta quinta-feira na sessão de apresentação do programa do Centro da UC para o '"Ciência Viva no Verão" deste ano.

Em 2015, este programa do Rómulo desenvolveu as suas acções em quatro espaços, contando com a participação de cerca de 400 pessoas, mas este ano, além de aumentar o número de iniciativas, estas vão espalhar-se por sete espaços.

Um deles será a esplanada do Café de Santa Cruz, na baixa histórica da cidade, onde haverá "Ciência na rua", com mais de duas dezenas de sessões, nas quais serão tratadas questões tão diversas como localizar os neurónios e engarrafar uma nuvem ou saber o que são leveduras mágicas ou sabonetes solares.

Naquela esplanada também acontecerá "Ciência ao luar", com tertúlias que cruzarão ciência com literatura, teatro, música e fotografia, e para as quais foram convidados Natália Providência e Osvaldo Silvestre, Maria José Almeida e Mário Montenegro, Manuel Rocha e Rui Vilão, e Alexandre Ramires e Paulo Mendes, respectivamente. As tertúlias, agendadas para as noites de 19 e 26 de Julho e 6 e 13 de Setembro, serão moderadas pelo cientista e director do Rómulo, Carlos Fiolhais.

No Mercado D. Pedro V, crianças e adultos serão alertados para a necessidade de adoptarem práticas que não ponham em risco a disponibilidade de recursos naturais, avaliando, por exemplo, a pegada ecológica deixada pelas compras feitas naquela altura.

"Já se imaginou dentro de uma bola de sabão?", questiona o Centro Rómulo, prometendo, com a resposta, deslumbrar quem, nas manhãs de 17 de Julho e 11 de Setembro aparecer no Parque Verde do Mondego, outro dos palcos do programa, que também levará ciência aos jardins Botânico da UC e da Sereia, no Parque de Santa Cruz.

O programa da Rede Nacional de Centros Ciência Viva, constituída por 20 centros, promovido em parceria com a Ciência Viva e em cooperação com mais de uma centena de entidades, realizará 1.100 ações gratuitas, em todo o país.     

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