Reaberto o conflito que nunca terminou

Nunca o Sudão do Sul teve paz. E, no entanto, soam agora com maior intensidade as trombetas da guerra. A rivalidade, nunca sanada, entre o presidente Salva Kiir e o ex-vice-presidente Riek Machar, líderes das facções adversárias nos anos da guerra civil, desemboca agora num conflito aberto que está a levar países como os EUA e o Japão a esvaziarem as embaixadas. A “história de sucesso” africano que se imaginava ali, após a independência, a 9 de Abril de 2011, nunca existiu. Mesmo quando Salva Kiir, ostentando um chapéu de cowboy, assinou um acordo de paz em Agosto de 2015, fê-lo contrafeito e os tiroteios e mortes continuaram nos meses seguintes. Desta vez, porém, afigura-se um enfrentamento em maior escala entre as facções desavindas. E os apelos da ONU (que patrocinou a paz de 2015) correm o risco de ser ignorados. Os cinco anos de vida do Sudão do Sul nada têm que se comemore: apenas violência e sangue.

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