Relação de Lisboa levanta arresto de bens de Álvaro Sobrinho

É a segunda vez que o tribunal dá razão ao ex-presidente executivo do BES Angola, suspeito do crime de branqueamento de capitais.

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Álvaro Sobrinho está a ser investigado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal Enric Vives-Rubio (arquivo)

A Relação de Lisboa voltou a levantar o arresto de bens do empresário luso-angolano Álvaro Sobrinho num caso alegadamente relacionado com branqueamento de capitais, disse nesta sexta-feira à agência Lusa fonte do tribunal.

A decisão foi tomada na quinta-feira pela Relação de Lisboa e deu provimento a um recurso interposto pelo empresário luso-angolano e antigo director do Banco Espírito Santo (BES) em Lisboa e do BES Angola, e pela empresa Grunberg Portugal, Unipessoal, Lda., cuja actividade económica está relacionada com a compra e venda de bens imobiliários.

Segundo a fonte da Relação, o tribunal deu provimento a um recurso interposto por Álvaro Sobrinho e por aquela empresa, revogando um pedido de arresto de bens promovido pelo Ministério Público (MP) e confirmado pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal Carlos Alexandre.

Esta é a segunda vez que o tribunal dá razão aos recorrentes depois de o Ministério Público e o juiz Carlos Alexandre terem recorrido da primeira decisão da Relação que, em Novembro de 2015, já tinha determinado o levantamento do arresto de bens do empresário luso-angolano.

Em 2014, o Correio da Manhã noticiou que cinco apartamentos de luxo em Cascais de Álvaro Sobrinho foram arrestados e convertidos em definitivo a favor do Ministério Público, adiantando que o ex-presidente executivo do BES Angola era suspeito de branquear 80 milhões de euros, numa investigação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

 

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