FBI vai investigar morte de homem negro por polícias nos EUA

Alton Sterling, de 37 anos, foi abatido a tiro pela polícia de Baton Rouge, no estado da Luisiana.

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Protesto pela morte de Arlon Sterling Bryn Stole/Reuters

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou que vai investigar a morte de Arlon Sterling, um homem negro de 37 anos que foi morto por polícias na cidade de Baton Rouge, capital do estado da Luisiana. As investigações vão ser conduzidas pelo FBI e pela secção de direitos humanos do Departamento de Justiça.

A família da vítima declarou que o que aconteceu é um exemplo de discriminação racial e exige explicações para a morte de Sterling, que estava a vender CD à porta de uma loja de conveniência quando foi abordado por dois agentes da polícia. Sandra Sterling, tia de Alton, disse ao The Washington Post que quer que seja feita justiça. "Acho que não teriam feito o mesmo se fosse uma pessoa branca", disse Neco Sterling, primo de Alton.

O caso ocorreu perto de uma loja de conveniência, na terça-feira, quando dois polícias brancos estavam a tentar deter Sterling, após terem recebido uma chamada anónima que os conduziu ao local. Um dos agentes acabou por disparar sobre Sterling quando este já estava imobilizado no chão.

O momento foi parcialmente captado em vídeo por um telemóvel e espoletou uma onda de revolta e protestos. Nesse vídeo é possível ouvir uma voz a gritar "Ele tem uma arma!", seguindo-se o som de tiros.

O governador da Luisiana, John Bel Edwards, pediu, em conferência de imprensa, que a população mantivesse a calma, citou o The New York Times. "Tenho plena confiança de que este assunto vai ser minuciosamente investigado, de forma imparcial e profissional. Estou seriamente preocupado. O vídeo é, no mínimo, perturbador", disse John Bel Edwards.

A autópsia de Alton Sterling revelou que foi atingido por múltiplos disparos no peito e nas costas. Não se sabe ainda qual dos agentes disparou nem quais são os seus nomes. Mas, em comunicado, a polícia de Baton Rouge, representada pelo capitão L'Jean McKneely Jr., avançou que os dois agentes receberam uma licença administrativa e foram de momento afastados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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