Ilustradora Ana Aragão trocou o papel pelas camadas de vidro

Peça principal, composta por desenhos sobre várias camadas de vidro com dimensões de quatro por 4,8 metros, vai estar exposta até Outubro nas instalações da empresa Jofebar, em Matosinho

Já sabemos que Ana Aragão adora desenhar sobre papel — e que já deixou os seus universos em paredes e até numa tapeçaria. Neste sábado, 2 de Julho, a ilustradora e arquitecta vai inaugurar a exposição “Future frames”, em Matosinhos, que se traduz em várias obras impressas em vidro, técnica que a artista classificou como sendo “inovadora”.

A peça principal, composta por desenhos sobre várias camadas de vidro com dimensões de quatro por 4,8 metros, vai estar exposta até Outubro nas instalações da empresa Jofebar, em Matosinhos, onde será acompanhada por outras cinco peças criadas a partir de contributos textuais de Vhils, Camilo Rebelo, Pedro Bandeira, Álvaro Domingues e Mário de Carvalho.

A partir da gravura “Via Appia”, do italiano Giovanni Battista Piranesi, Ana Aragão decidiu “percorrer as ruínas do presente”, tendo como tema-chave a utopia. “Podia pensar numa via, como se estivéssemos num futuro sem tempo e sem espaço a olhar as ruínas do presente. Enumerei de uma forma exagerada, saturada, tudo o que é informação que nos preenche os ecrãs, o dia-a-dia, que nos preenche o quotidiano de uma forma até acrítica”, disse a também arquitecta.

O convite para a obra partiu da Jofebar e foi concretizado no suporte vidro por sugestão da Vidromax, pertencente ao mesmo grupo empresarial. Sara Nunes, da Vidromax, explicou à Lusa que se trata de uma “técnica simples, via digitalização e [que] depois é uma impressora de alta resolução que passa para o vidro a imagem que se pretende”.

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