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O cemitério dos invisíveis

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"Tem de existir um lugar onde possamos enterrá-los", disse Lloyd Ultan à agência Reuters. O historiador refere-se aos não-reclamados, aos indigentes e aos muito pobres. Hart Island é o local. Com vista para o Bronx, num local acessível apenas por via marítima, jazem hoje, e há mais de um século, mais de um milhão de corpos. São mil caixões por ano que actualmente vão a enterrar pelas mãos e pás dos presidiários da cidade de Nova Iorque. "Os prisioneiros vêem com bons olhos este trabalho", disse Ultan. "Aqui estão ao ar livre, fazem exercício e estão longe da prisão." Cada parcela dos 53 hectares do cemitério contém até 150 cadáveres. Os túmulos mais antigos não têm identificação. Aos mais recentes já são atribuidos números que correspondem a nomes pesquisáveis numa base de dados disponível online. Graças a esse sistema, anualmente já são identificados e devolvidos às famílias cerca de quarenta corpos.