Uma das primeiras críticas a Marcelo vem do... PPM

Ele até é presidente vitalício da monárquica Fundação da Casa de Bragança, mas o Partido Popular Monárquico não hesita em criticá-lo.

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Marcelo é criticado por não ir a uma cerimónia nos Açores Daniel Rocha

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, é também presidente vitalício da Fundação da Casa de Bragança, criada por António Oliveira Salazar no final dos anos sessenta do século XX e herdeira do espólio do rei D. Manuel II. Porém, essa ligação à causa não impediu que uma das primeiras críticas ao chefe de Estado viesse de entre um grupo (que não é o único) de monárquicos. 

O Partido Popular Monárquico (PPM) criticou hoje a ausência do Presidente da República na sessão solene, em Setembro, que assinalará os 40 anos da Autonomia dos Açores. “Esta menorização institucional da Autonomia Açoriana é absolutamente inaceitável e merece uma veemente crítica por parte do PPM”, afirmou o presidente da Comissão Política Nacional do PPM, Paulo Estêvão, num comunicado enviado à Lusa.

De acordo com o PPM, o parlamento dos Açores assinala, a 4 de Setembro, os 40 anos do exercício da Autonomia Açoriana com uma sessão solene, onde estará presente o Representante da República, Pedro Catarino, mas o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estará ausente. “O PPM não deixará de referenciar e criticar esta ausência no discurso que nos caberá fazer no dia 4 de Setembro. Um discurso em que voltaremos a frisar a necessidade de extinguir o cargo de Representante da República, acabar com a proibição dos partidos regionais e aprofundar os níveis de autogoverno dos Açores”, sustenta Paulo Estêvão.

Já na terça-feira, o PPM manifestou "surpresa e desagrado" pela ausência do Chefe de Estado na sessão solene dos 40 anos da Autonomia dos Açores, depois de ter sido recebido por Marcelo Rebelo de Sousa no âmbito da audição aos partidos com assento no parlamento dos Açores com vista à marcação das eleições no arquipélago dos Açores.

"Na audiência realizada ontem (...), o PPM manifestou a sua surpresa e desagrado pela ausência do chefe de Estado na Sessão Solene evocativa dos 40 anos da Autonomia dos Açores. Isto tendo em conta que o chefe de Estado irá presidir à Sessão Comemorativa do Dia da Madeira, que se irá realizar no dia 1 de Julho, que este ano ficará marcada pela comemoração dos 40 anos da Autonomia da Madeira", acrescenta.

Marcelo já respondeu para explicar que não irá aos Açores no período que antecede as eleições regionais de 16 de outubro, evitando assim envolver-se no processo eleitoral.

Esta posição foi transmitida hoje à agência Lusa por fonte oficial de Belém, a propósito da ausência de Marcelo Rebelo de Sousa na sessão solene de 4 de Setembro evocativa dos 40 anos da autonomia regional açoriana, que foi criticada pelo Partido Popular Monárquico (PPM).

"A data das eleições está marcada e, a esta distância das eleições, o Presidente da República não iria, de facto, aos Açores, para não poder ser a nenhum título envolvido no processo eleitoral. Esta razão foi explicada aos partidos", disse à Lusa fonte oficial de Belém.

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