O Presidente da República inicia esta quinta-feira uma visita oficial de três dias à região autónoma da Madeira, cumprindo a promessa (ou parte dela) feita em Janeiro, quando passou pelo Funchal durante a campanha para as presidenciais.

Na altura, durante uma visita ao Museu CR7, Marcelo Rebelo de Sousa disse que, se fosse eleito, um dos primeiros gestos seria para com Cristiano Ronaldo, prometendo estar presente na inauguração do novo museu do futebolista e também nas comemorações do Dia da Região. Se a primeira parte não será cumprida – a inauguração foi adiada porque Ronaldo está em França com a selecção, e espera-se que aí continue até ao dia 10 de Julho -, a segunda será realizada, com o Presidente a integrar sexta-feira as comemorações da Madeira, num ano em que se assinalam quatro décadas de autonomia política madeirense e açoriana.

O programa da visita é, portanto, bastante protocolar, com a sexta-feira a ser exclusivamente dedicada às cerimónias militares, políticas e civis. A comitiva presidencial aterra no arquipélago pouco depois das 20h de quinta-feira, rumando para o Palácio de São Lourenço, residência oficial do Representante da República, onde janta com o detentor do cargo, Ireneu Barreto. A essa hora, Portugal vai estar a jogar com a Polónia, e o "adepto" Marcelo só fala à comunicação social no intervalo da partida.

Será ali, no Palácio de São Lourenço, que é também a sede do quartel-general da Zona Militar da Madeira, que Marcelo Rebelo de Sousa irá pernoitar durante a estadia no arquipélago. Uma escolha quase inédita, pois é preciso recuar a 1984 para encontrar um Presidente da República, no caso Ramalho Eanes, que tenha optado por ficar naquela dependência de Belém. Mário Soares, Jorge Sampaio e Cavaco Silva ficaram sempre em unidades hoteleiras de cinco estrelas.

Na sexta-feira, o Presidente Marcelo começa o dia a assistir à Guarda de Honra conjunta dos três ramos das Forças Armadas, seguindo depois para a Assembleia Legislativa da Madeira, onde preside à sessão solene do Dia da Região. Depois de uma deposição de flores no Monumento à Autonomia, Marcelo Rebelo de Sousa desloca-se para a Quinta Vigia, sede do executivo madeirense, onde almoça com Miguel Albuquerque.

Durante a tarde, assiste a nova cerimónia, agora de imposição de insígnias do governo madeirense, terminando o dia com um Te Deum na Sé Catedral do Funchal e com um concerto de Rui Veloso e Orquestra Clássica da Madeira.

No dia seguinte, Marcelo Rebelo de Sousa viaja para o Porto Santo, onde irá inaugurar um espaço museológico dedicado ao actor e realizador Jorge Brum do Canto e uma nova unidade hoteleira do Grupo Pestana: Hotel Pestana Ilha Dourada.

Tempo ainda para assinar o Livro de Ouro da câmara municipal local e para assistir à apresentação do projecto Porto Santo Sustentável – Smart Fossil Free Islands, que será feita pelo secretário regional da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus.

A visita, a primeira a uma região autónoma desde que chegou a Belém, termina pouco depois das 13h, com o presidente a regressar a Lisboa a bordo de um avião militar.