Boogarins e Matias Aguayo numa Noite Branca para 300 mil pessoas

No início de Setembro, Braga propõe 48 horas de música, artes digitais e museus abertos fora de horas.

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Os Boogarins no concerto de Maio deste ano no Rock In Rio ENRIC VIVES-RUBIO

Apesar de se chamar Noite Branca, aquilo que Braga propõe para o primeiro fim-de-semana de Setembro dura bem mais do que uma noite. O programa apresentado esta terça-feira preenche 48 horas, com propostas para vários gostos, do indie à música ligeira, passando pelas artes digitais e pela arte sacra.

A principal novidade da edição deste ano é que o palco instalado na Avenida Central terá programação em duas noites e curadoria do espaço cultural GNRation, liderado pelo músico Luís Fernandes. É lá que tocam os brasileiros Boogarins (dia 2), poucos meses depois de terem passado pelo Palco Vodafone do Rock In Rio, e o chileno Matias Aguayo (dia 3)  duas propostas musicais vindas da América do Sul para lembrar que Braga é, este ano, a Capital Ibero-Americana da Juventude. Pelo mesmo palco passarão também os portugueses Linda Martini e Branko.

Além dos projectos vindos do universo independente, a Noite Branca tem também concertos para um público mais vasto, que estarão concentrados naquele a que a organização chama palco principal, na Praça do Município. É lá que actuam a fadista Carminho e o cantor e compositor Miguel Araújo (dia 2). No dia seguinte, Sérgio Godinho e Jorge Palma mostram novamente em Braga o seu projecto Juntos, depois de uma passagem, no final do ano passado, pelo Theatro Circo, aliás registada em disco; seguem-se-lhes os Gift.

Além da música, o evento bracarense tem propostas noutras áreas. O GNRation é também responsável pelo concurso Noite Branca, que permite a jovens criadores apresentarem projectos artísticos para serem apresentados durante aquelas 48 horas e vai ainda repor o Outros Cantos, um trabalho de comunidade estreado em Junho do ano passado que propõe uma visão contemporânea sobre o canto tradicional minhoto. A Noite Branca fez também uma encomenda ao artista plástico Pedro Tudela para que conceba uma intervenção na cidade para aqueles dias.

Além disso, ao longo das 48 horas, estarão abertos ao público em permanência oito espaços culturais da cidade, desde o Museu da Imagem ao Museu Pio XII (arte sacra) e ao Museu D. Diogo de Sousa (arqueologia). A intenção é que esta seja “uma noite ecléctica”, afirma a vereadora da cultura da Câmara de Braga, Lídia Dias. Ainda assim, a autarquia não esconde que a intenção é atrair um público massivo, pelo que toda a programação é inteiramente gratuita, sendo esperadas 300 mil pessoas na cidade ao longo dos três dias. Para facilitar a atracção de visitantes, a Noite Branca foi este ano antecipada para o primeiro fim-de-semana de Setembro, de modo a desencontrar-se das Feiras Novas, uma festa popular habitualmente muito participada, que decorre em Ponte de Lima.

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