Évora: universidade e mecenas apoiam alunos e evitam abandono

No global, o fundo distribuiu quase 87.900 euros, verba totalmente proveniente dos mecenas

Foto
Bruno Lisita/Arquivo PÚBLICO

A Universidade de Évora apoiou este ano 69 alunos em situação de carência económica através de um fundo social que distribuiu uma verba de 87.900 euros, disponibilizada por 17 mecenas, revelou a academia.

Este é o balanço do Fundo de Apoio Social aos Estudantes da Universidade de Évora (FASE-UE) no ano lectivo que agora termina, divulgado pela instituição de ensino superior alentejana. Os mecenas que, este ano, contribuíram para a existência do fundo, disponibilizando apoios financeiros a estudantes em situação de carência económica, vão ser homenageados pela Universidade de Évora (UÉ), esta quinta-feira, às 18h30, no Colégio do Espírito Santo.

"Este ano, tivemos 17 mecenas", sobretudo empresas e outras instituições do Alentejo, explicou à agência Lusa a reitora da UÉ, Ana Costa Freitas, realçando que a cerimónia vai servir para "agradecer este apoio que é dado" à universidade e aos alunos. No ano lectivo 2015/2016, de acordo com a academia, o FASE-UE apoiou um total de 69 alunos, dos quais 63 beneficiaram do pagamento integral de propinas. "Quase todos foram apoiados com [o pagamento de] propina, tirando três ou quatro. Mas os que não tiveram propina tiveram [apoios para] alojamento ou alimentação", dependendo das suas necessidades, disse a reitora.

No global, revelou Ana Costa Freitas, o fundo distribuiu quase 87.900 euros, verba totalmente proveniente dos mecenas. O FASE-UE, lembrou, foi criado em 2012, numa altura em que foi aumentado o valor da propina na UÉ, tendo sido previsto, na altura, canalizar esse montante adicional para o fundo. "Entretanto, a universidade conseguiu receber esse dinheiro através destes mecenas e, portanto, não utilizámos nenhuma verba da universidade para atribuição desses apoios", precisou.

"Pioneira na criação deste mecanismo"

O FASE-UE pretende fazer face a situações de carência económica por parte dos estudantes, as quais são "um dos grandes motivos de abandono escolar e factor de peso na hora de decidir prosseguir os estudos após conclusão do ensino secundário", realçou a instituição. "Consciente da sua responsabilidade social e das dificuldades que a sociedade portuguesa tem vindo a enfrentar, nomeadamente as famílias com estudantes que frequentam o ensino superior, e para colmatar questões como o insucesso ou o abandono escolar, a UÉ foi pioneira na criação deste mecanismo", acrescentou. O fundo, em cada ano lectivo, apoia estudantes em situação de emergência social ou com manifestas e comprovadas dificuldades económicas.

Os estudantes apoiados num determinado ano, podem candidatar-se em anos lectivos seguintes e, de acordo com o grau de necessidade apurado pelos serviços da universidade, o FASE-UE pode abranger o pagamento total ou parcial da propina, senhas de refeição e/ou comparticipação dos custos de residência universitária. A UÉ disponibiliza ainda um outro fundo, o FAE-UE, com verbas da própria instituição, que funciona como um apoio excecional aos estudantes com dificuldades financeiras, não abrangidos por outras bolsas ou mecanismos.

Sugerir correcção
Comentar