“Tino de Rans” vai ter um partido

O nome para o partido será referendado numa viagem de 24 horas pelo país no próximo dia 10 de Junho.

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Vitorino Silva foi candidato nas últimas eleições presidenciais Daniel Rocha

O candidato das últimas eleições presidenciais Vitorino Silva, conhecido por "Tino de Rans", vai formar um partido político e referendar o seu nome numa viagem de 24 horas pelo país no próximo dia 10 de Junho.

A sigla do partido será sempre PA, relativa a "Povo Acordado" ou a "Partido Ânimo", uma escolha que o antigo candidato à presidência da República vai deixar a quem deposite um voto numa urna que vai levar - num carrinho de mão - do Algarve a Trás-os-Montes em pleno Dia de Portugal e das Comunidades.

"Vou percorrer 18 distritos num só dia", garantiu Vitorino Silva à agência Lusa, lamentando que se resumam a Portugal continental, mas ressalvando que a votação poderá ser feita também na internet.

"Não se pode esquecer que eu tive votos que davam para encher os estádios do Dragão, de Alvalade e da Luz, porque foram 150 e tal mil", lembrou o político natural de Rans, explicando que decidiu formar um novo partido no rescaldo das últimas presidenciais, quando "as pessoas começaram a perguntar - então e agora?'"

Vitorino Silva recordou que ao longo da campanha teve "sempre o objetivo de tirar o monopólio ao partidos", que diz só incluírem representantes deles mesmos, pelo que decidiu "entrar no mesmo jogo" com um partido que represente "o povo humilde".

"Quando há 50 por cento de pessoas que não votam, porque é que os lugares estão todos ocupados por membros dos partidos?", questionou, considerando que "é preciso alguém de fora dos partidos para fazer uma nova força política".

O líder deste projeto de novo partido vai arrancar com a digressão de um só dia no Algarve, "à meia-noite e um", partindo de Albufeira, passando "pelo interior, onde as pessoas vivem isoladas, lares de terceira idade, hospitais", realizando um retrato da "realidade do país" em 24 horas.

Parte do objetivo de Vitorino Silva é também incentivar à participação democrática, sublinhando que "se não vai o povo às urnas, então tem de ir a urna ao povo".

"Às onze da noite do dia de Portugal, vamos contar os votos às claras, debaixo de um candeeiro", frisou o político, esclarecendo que quer também perceber se a abstenção "está à esquerda ou à direita".

 

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