Os produtos Lego estão a tornar-se cada vez mais violentos, afirma um estudo publicado pela revista "Plos One" e citado pela BBC News. A razão? Uma crescente “luta” entre os fabricantes de brinquedos para captar a atenção das crianças na “era digital”.

A verdade é que, actualmente, as armas estão presentes em 30% dos "kits" da empresa dinamarquesa, o que "provoca aumentos exponenciais de violência" nas brincadeiras das crianças a longo-prazo, conclui a equipa da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia. Em resposta, a Lego diz que estas armas são sempre usadas ??para um propósito mais amplo,  omo salvar o mundo, e fazem parte do desenvolvimento da criança.

"Os produtos da empresa já não são tão inocentes como costumavam ser (…) A violência dos produtos parece ter ido além da tentativa de melhorar a forma de jogar e brincar", afirma o coordenador do estudo, Christoph Bartneck. Numa análise dos catálogos de Lego de 1973 a 2015, apurou-se, ainda, que os cenários descritos também se tornaram mais violentos e que 40% de todas as páginas contêm algum tipo de violência, tais como disparos ou comportamentos ameaçadores.

Troy Taylor, porta-voz da Lego, disse que os produtos da empresa promovem uma série de actividades de lazer, entre elas a construção, a fantasia e o conflito. "Tal como acontece com os outros brinquedos, o conflito é uma parte natural do desenvolvimento de uma criança", afirmou à agência de notícias France Presse.

A empresa dinamarquesa tentou reinventar-se, aliando-se à cultura popular, e actualmente vende conjuntos temáticos ligados a filmes populares como "Star Wars", "Batman" e "Harry Potter". Resultado disso é o montante de 1,4 mil milhão de libras, lucro líquido anunciado pela empresa no inicio deste ano. A brincar, a brincar…