Lavender: a série que quer tratar a leucemia e o linfoma por tu

Raquel Silva e Rafael Pires, estudantes da Escola Superior de Artes Aplicadas, em Castelo Branco, tiveram uma ideia diferente para o projecto de final de curso

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Lavender nasceu de uma proposta. Quando foi dado a escolher a Raquel Silva e Rafael Pires, estudantes da Escola Superior de Artes Aplicadas, em Castelo Branco, um projecto final de curso, estes decidiram produzir uma mini série. Acerca de quê? Das doenças leucemia e linfoma que afectaram familiares e amigos de ambos. 

Uniram esforços com a APLL (Associação Portuguesa de Leucemia e Linfomas) e, através de uma história fictícia, quiseram mostrar à geração millennials um problema que não atinge só os outros e onde a idade não tem voto na matéria. A leucemia é, nada menos do que, uma doença que se origina nas células da medula óssea: há um descontrolo na produção de glóbulos brancos fazendo com que se diminua a produção de células normais e, posteriomente, apareçam a anemia, infecções e hemorragias. Já o linfoma é um tumor que afecta o sistema linfático. Não se trata de uma única doença, mas sim de um conjunto de doenças distintas com uma origem comum – os gânglios linfáticos.

“Estamos e estivemos em contacto com amigos e familiares que já tiveram leucemia, por isso, quisemos fazer algo para motivar as pessoas que sofrem com ela e enfrentá-la. Pensámos numa mini web série face ao nosso público-alvo [jovens] que cada vez mais assiste a séries online. Assim, fizemos com que este projecto ganhasse um carácter jovem, informativo e motivador”, contam os jovens ao P3.

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A série terá cinco episódios com cerca de cinco minutos, contando com a participação de actores com e sem experiência. Para além da história que conta a vida de dois jovens, Pedro e Margarida, que lidam com estas duas doenças (linfoma e leucemia), a série conta com animações 3D para explicar de uma forma mais clara alguns processos dos tratamentos a que estão sujeitos.

O nome Lavender vem da cor do laço de todos os cancros, uma cor que remete para a flor de lavanda, a cor roxa. “Originalmente, o nome era para ser Orange porque é a cor do laço da leucemia mas como o nosso projecto abraça a leucemia e linfoma e estas têm cores diferentes, optámos por escolher a cor de todos os cancros. Queremos criar um impacto geral e não só para estes em particular” afirma Rafael.

Para conseguir suportar os custos adjacentes à rodagem das filmagens, a dupla necessita de fundos e, para consegui-los, recorreu a uma campanha de crowdfunding (já terminada) bem como à venda de brindes feitos pelos próprios: ímans com o hastag #LavenderAgainstCancer e saquinhos com aroma de lavanda, por exemplo. Ainda não têm a quantia desejada, por isso continuam na luta.

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