Warren Buffet poderá financiar compra do Yahoo

O conhecido investidor diz que pode ajudar o empresário americano Dan Gilbert a comprar os negócios da empresa. Mas não terá uma participação directa.

Foto
Warren Buffet admitiu que não saberia avaliar o negócio do Yahoo

O reputado Warren Buffet pode saber muito de investimentos, mas admitiu que não sabe o suficiente do negócio do Yahoo para ter uma participação na empresa. Ainda assim, poderá fazer parte de uma eventual compra, ajudando a financiar Dan Gilbert, outro empresário e multimilionário investidor americano.

“O Yahoo não é o tipo de coisa em que eu alguma vez seja um sócio com capital. Não conheço o negócio e não saberia como o avaliar, mas se o Dan precisar de financiamento, com os termos e protecções adequados, poderemos ser uma possível ajuda financeira”, afirmou Buffet ao canal CNBC, após dois dias de notícias que davam conta da sua participação num consórcio para comprar o Yahoo.

Dan Gilbert tem uma panóplia de negócios diferentes. Entre outros, é dono de uma empresa de empréstimos, de um casino e de uma equipa da NBA. Os dois empresários assinaram uma carta em que afirmaram ter interesse nos negócios do Yahoo, mas onde também afirmavam não haver qualquer entendimento formal entre os dois.

Não conseguindo acompanhar rivais como o Google e o Facebook, o conhecido portal está à procura de compradores para as suas principais operações, o que inclui os sites, o serviço de email e o motor de busca (que recorre a tecnologia do Bing, o motor da Microsoft). Feita a venda, o Yahoo passaria a ser essencialmente uma holding da participação de 16% que tem na chinesa Alibaba e de 36% do Yahoo Japão, que é uma empresa autónoma e paga à multinacional americana pelo uso da marca.

O Yahoo está em conversas com vários potenciais compradores, mas os detalhes do processo não são públicos. A operadora de telecomunicações Verizon já assumiu interesse em olhar para as contas da empresa, mas isto não significa que haja uma proposta de compra em cima da mesa. Também o tablóide britânico Daily Mail assumiu que podia ter interesse nas operações do portal.

Sugerir correcção
Comentar