Forças armadas querem recrutar mais mulheres para a Madeira

A percentagem de mulheres que presta serviço na Zona Militar da Madeira é inferior à média nacional. Actualmente, as mulheres representam 17 por cento dos efectivos do Exército

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Nuno Ferreira Santos

O comandante da Zona Militar da Madeira (ZMM), Rui Clero, anunciou na semana passada que vai ser feito um esforço no sentido de aumentar o número de mulheres nas fileiras das forças armadas nesta região autónoma. "Verifica-se que a percentagem de mulheres que presta serviço na Zona Militar da Madeira é inferior à média nacional", afirmou, salientando ser seu objectivo tentar inverter esta situação, no âmbito das políticas de recrutamento.

No entanto, não foram avançados dados mais concretos sobre o número de contratações em perspectiva. O departamento de Relações Públicas do Exército limitou-se a afirmar ao P3 que as colocações "regem-se pelas necessidades previstas nos Quadros Orgânicos, por Armas, Serviços ou especialidades, e a coberto da legislação vigente, nomeadamente no que concerne aos movimentos com pessoal".

Actualmente, as mulheres representam 17 por cento dos efectivos do Exército, segundo dados avançados pelo mesmo departamento daquele ramo das Forças Armadas. A mesma fonte acrescentou que não existem diferenças salariais entre homens e mulheres, porque a "remuneração é igual e conforme a tabela remuneratória aprovada para as diferentes categorias e postos, independentemente do género".

O major-general Rui Clero aproveitou para anunciar que este ano, uma vez mais, 11 militares da ZMM vão integrar a força portuguesa no Kosovo, no quadro a Aliança Atlântica e, simultaneamente, vincou que o recrutamento militar constitui uma "oportunidade única" e uma "experiência singular" que importa levar junto dos jovens. Rui Clero lembrou, por outro lado, que existe uma cooperação com Secretaria da Inclusão e Assuntos Sociais, no sentido de facilitar a reintegração dos jovens no mercado de trabalho findo o contrato com as forças armadas.

O comandante da ZMM, que assumiu o cargo em Março, disse, ainda, que vai apostar na formação e treino, bem como no emprego operacional. "Entendemos como emprego operacional a utilização de todas as capacidades disponíveis para a realização das diversas missões que nos estão atribuídas, no âmbito de planos de segurança e defesa, de acções apoio ao desenvolvimento e bem-estar das populações e apoio à protecção civil", explicou.

O Chefe de Estado-Maior do Exército também destacou este aspecto, afirmando que a Zona Militar da Madeira estará sempre pronta a reforçar o apoio "imediato e possível" a situações de crise ou catástrofe natural. Frederico Duarte sublinhou, por outro lado, que o Exército estar a proceder internamente a uma análise abrangente dos seus diferentes sistemas e processos, de maneira a "optimizar a sua eficiência, gerar sinergias, melhorar a utilização dos recursos e promover a sua sustentabilidade".

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