Atletas australianos vão receber preservativos inovadores anti-Zika

Além das máquinas dispensadoras presentes na aldeia olímpica, os atletas australianos vão ter acesso a preservativos que provaram ser capazes de uma "protecção quase completa" contra o vírus Zika

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Miguel Manso

A Austrália anunciou que vai dar preservativos com um gel antivírus inovador aos atletas que vão representar o país nos Jogos Olímpicos deste ano, no Rio de Janeiro, para reduzir possibilidades de infecção com o Zika.

A organização dos jogos colocará máquinas dispensadoras de preservativos na aldeia olímpica, mas a Austrália decidiu dar preservativos próprios aos seus atletas, que foram desenvolvidos por empresas australianas.

Os preservativos australianos possuem um lubrificante com um gel que, segundo os fabricantes, é "um agente anti-viral" que, nas experiências em laboratório, provou ser capaz de exterminar vários vírus sexualmente transmissíveis. As mesmas experiências demonstraram que o gel é também "uma protecção quase completa" contra o vírus Zika.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) pediram às mulheres grávidas que não viajem para o Brasil devido ao Zika, uma das suas recomendações para os Jogos Olímpicos. Num comunicado conjunto, as duas organizações consideraram que os atletas e o público da competição precisam de mais informações sobre os riscos do vírus Zika e as formas de prevenir a infecção. Os homens que vão ser pais devem praticar "sexo seguro" (uso de preservativo) ou abster-se durante a gravidez, quando regressarem aos seus países de origem vindos de zonas brasileiras afectadas pelo Zika.

A OMS e a OPAS recomendam também que não se vá para zonas empobrecidas ou com falta de saneamento, que se use repelente, roupas claras que cubram a maior parte do corpo e que se consulte um médico antes de partir para o Brasil.

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