Dez dias depois de ter sido oficializada pela Red Bull a promoção de Max Verstappen, o jovem piloto retribuiu a confiança com uma vitória histórica no Grande Prémio de Espanha. Aos 18 anos, sete meses e 16 dias, o holandês tornou-se o mais jovem de sempre a vencer uma corrida no Mundial de Fórmula 1. Num Grande Prémio marcado pelo afastamento precoce dos dois Mercedes – Lewis Hamilton e Nico Rosberg chocaram na primeira volta e tiveram de abandonar – Verstappen resistiu à pressão dos Ferrari para estabelecer um recorde de prematuridade na história da modalidade.

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Os responsáveis da Red Bull estavam insatisfeitos com Daniil Kvyat e procederam à troca do russo com Max Verstappen, que fez a estreia na Fórmula 1 em 2015, pela Toro Rosso. Na formação secundária da Red Bull, o jovem holandês tinha conseguido alguma regularidade e na temporada passada chegou a ficar às portas do pódio em duas ocasiões. Na estreia com o carro da Red Bull, Verstappen aproveitou as circunstâncias excepcionais da saída de cena de Hamilton e Rosberg para assumir o papel de protagonista no circuito da Catalunha. “É uma enorme surpresa, não esperava. Não podia acreditar que estava a liderar a corrida. Hoje tudo correu bem. É incrível”, disse o holandês.

Verstappen, cujo pai também foi piloto de Fórmula 1, tornou-se também o primeiro holandês a ganhar um Grande Prémio, resistindo a pressão exercida por Kimi Räikkönen – a diferença entre os dois pilotos raramente foi superior a um segundo, mas o jovem piloto da Red Bull mostrou estar à altura do desafio imposto pelo finlandês de 36 anos, campeão mundial em 2007. “Estou feliz pelo Max mas pessoalmente desapontado. Tentámos por todos os meios, mas não foi suficiente”, assumiu Räikkönen. O terceiro lugar do pódio ficou para o outro piloto da Ferrari, Sebastian Vettel, que era o detentor do anterior recorde para a vitória mais precoce, quando em 2008 venceu o GP de Itália aos 21 anos, dois meses e 11 dias: “Muitos parabéns ao Max, alcançou um grande feito e hoje é o dia dele.”

O dia também ficou marcado pelo incidente entre Hamilton (que partiu da pole position) e Rosberg, que chocaram na primeira volta e abandonaram. O caso provocou enorme incómodo na Mercedes e o austríaco Niki Lauda, triplo campeão mundial de F1 e presidente não-executivo da equipa, qualificou-o como “inaceitável”. “O erro é mais de Lewis: teve um comportamento que não era necessário. Foi demasiado agressivo”, analisou. Os dois carros da Mercedes ficaram fora dos pontos, algo que não acontecia desde o Grande Prémio do Brasil em 2012.