Quando o sol brilha, os estendais enchem-se de peças de roupa e tapam varandas e janelas. Se o dia está cinzento ou ventoso, já escasseiam. Estão por toda a cidade e já são “um ícone”, acredita Luciana Cani, directora criativa da Leo Burnett Lisboa. Esta agência criou uma nova aplicação com previsão do estado do tempo na cidade em que os estendais assumem um papel de protagonismo.

"Ao colocar a roupa nos estendais, as pessoas estão a acreditar que o tempo vai ser bom”, diz Luciana Cani. A nova aplicação, LX Celsius, é uma “nova forma de saber a previsão do tempo”. Gratuita, funciona como qualquer outra app de meteorologia, com temperaturas em graus Celsius e Fahrenheit e informação em português e inglês (a piscar o olho aos turistas). As imagens dos estendais que surgem no ecrã correspondem ao estado actual do tempo.

Além das temperaturas e da previsão de chuva, a LX Celsius dá ainda dicas relacionadas com o clima. “Se estiver sol, vai mandar-te para uma esplanada ou para uma zona perto do rio, com jardim. Se chover, a sugestão são museus, um exposição ou uma peça de teatro”, exemplifica Guilherme Nunes, da Leo Burnett.

Disponível para download há duas semanas, a aplicação apenas está disponível para smartphones e tablets com iOS, no iTunes, mas em breve chegará também a dispositivos Android. Garantidas estão actualizações e novas dicas, para que “seja uma ferramenta útil também para os lisboetas”.

A LX Celsius é uma ideia da agência Leo Burnett, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, e não é a primeira vez que as duas entidades desenvolvem um projecto. Em 2014 foram os cabos dos eléctricos de Lisboa a inspirar  um novo tipo de letra, a LX Type, que gerava roteiros personalizados para passeios pela cidade. Um ano depois, o destaque incidiu sobre os miradouros escondido: com o LX UP, as pessoas foram convidadas a abrirem as portas dos seus miradouros particulares. 

A aplicação de previsões de meteorologia, diz Luciana Cani, é uma continuação destes dois projectos. O objectivo é “promover a cidade para os turistas” e trabalhar “o orgulho dos lisboetas”.

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