Quem é quem na política sul-africana

Saiba quais são os nomes dos possíveis candidatos presidenciais em 2019.

Jacob Zuma

Presidente da África do Sul desde 2009. O seu segundo e último mandato termina em 2019, no entanto não é de negligenciar que os sucessivos escândalos associados à crise económica podem resultar no seu afastamento antecipado. Em 2007, na convenção nacional do Congresso Nacional Africano foi eleito presidente do partido. Carismático, controverso e estratega. Passou dez anos na prisão da Robben Island, onde também estava Mandela. Durante a luta na clandestinidade viveu em vários países africanos, entre os quais Moçambique. A sua primeira visita de Estado foi a Angola, aproximando e fortalecendo a relação entre os dois países ao contrário da era Mbeki. Casou seis vezes e tem actualmente quatro mulheres e 21 filhos. Tem 74 anos, e tinha apenas 17 anos quando se juntou ao ANC.

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Jacob Zuma

Julius Malema

Com 35 anos Malema é um dos nomes com maior visibilidade na política sul-africana. Nasceu e foi criado num township (bairro de lata) e conforme a sua biografia oficial iniciou a vida política no ANC com 10 anos. Em 2009, como presidente da Juventude do ANC apoiou a candidatura de Zuma. Foi expulso do partido em 2012. Antes das eleições de 2014 fundou o partido Economic Freedom Fighters (EFF) e conseguiu 25 deputados passando a ser o terceiro partido no parlamento. Apologista de uma revolução económica e admirador das políticas da reforma agrária do Presidente Mugabe. Recentemente numa entrevista à Al-Jazira disse que o seu partido está disposto a pegar em armas para tomar o poder.

Hellen Zille

Actual governadora da província do Cabo Ocidental. Foi líder do maior partido de oposição, Aliança Democrática, de 2007 até 2015. Em 2006 foi eleita presidente do município da Cidade do Cabo. Esta província é a única que não é liderada pelo ANC. Nos anos 70 foi jornalista no jornal Rand Daily Mail, onde integrou a equipa de jornalistas que expôs a verdade sobre o assassinato de Steve Biko. Recebeu vários prémios pela gestão da Cidade do Cabo.

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Julius Malema

Patricia de Lille

Actual presidente da Cidade do Cabo eleita como candidata da AD. A sua vida política iniciou-se nos anos 80 e passou por vários partidos. Em 2003  estabeleceu o seu próprio partido Democratas Independentes (ID) com muito apoio por parte dos mestiços da província do Cabo. Como deputada ficou famosa por ter iniciado a discussão do que viria a ser a maior investigação ao executivo, relativamente à compra de armas. 

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Hellen Zille

Nkosazana Dlamini Zuma

Em 2012, foi eleita secretária-geral da União Africana. Foi ministra da Saúde de 1994 a 1998 no governo de Mandela, ministra dos Negócios Estrangeiros na presidência Mbeki.  Ex-mulher do Presidente Zuma. É um dos potenciais nomes para as presidenciais de 2019.

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Cyril Ramaphosa

Baleka Mbete

É a actual presidente da Assembleia da África do Sul. Militante do ANC há 40 anos, liderou a organização das mulheres. Mbete tem tido dificuldade em gerir o plenário da Assembleia devido à rebeldia dos deputados do EFP, sofreu contestação dos partidos da oposição quando não respondeu ao líder parlamentar da AD sobre quem eram os seguranças armados que tinham entrado no plenário. Estes momentos divulgados na televisão e nas redes sociais tem provocado um desgaste para a sua imagem. É também um dos potenciais nomes para a Presidência ou para vice-presidente.

Cyril Ramaphosa

Actual vice-presidente da República. Presidiu à Assembleia constituinte de 1994 a 1996. Interrompe a sua vida política para participar no sector privado tornando-se acionista e administrador de vários negócios. Considerado um dos multimilionários do país. As sondagens colocam-no na linha da frente para a corrida à presidência.   

Mmusi Maimane

Maimane com 35 anos é primeiro líder negro da Aliança Democrática. Eleito em 2015, surge com a estratégia de manter o tradicional eleitorado da AD e de conseguir o eleitorado de classe média negro. Como muitos dos históricos do ANC cresceu no township do Soweto, que foi a última casa de Mandela antes da sua prisão. Juntou-se ao partido em 2009. 

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