Escolas primárias dão lugar a habitação social em Santa Marta de Penaguião

A autarquia quer dar “uma nova vida” e “utilidade” ao património das aldeias.

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Os abusos envolveram alunas de 12 e 13 anos de uma escola em Seia PAULO PIMENTA

A Câmara de Santa Marta de Penaguião recuperou quatro escolas primárias desactivadas no concelho e transformou-as em 10 habitações destinadas às famílias mais carenciadas.

Nesta quinta-feira, o município do distrito de Vila Real vai entregar a chave de mais três habitações a famílias necessitadas, construídas após a requalificação da antiga escola de Concieiro.

“O objectivo é recuperar um património que se está a degradar e, ao mesmo tempo, ajudar as famílias mais carenciadas do concelho”, afirmou hoje à agência Lusa o presidente da autarquia, Luís Machado.

A autarquia quer dar “uma nova vida” e “utilidade” ao património das aldeias.

Segundo o autarca, o município reaproveitou quatro escolas no Barreiro, Sanhoane, Paredes e Concieiro, que deram lugar a 10 casas novas.

O investimento neste projecto rondou os 103 mil euros.

Luís Machado referiu que os pedidos de ajuda à câmara têm aumentado nos últimos anos e frisou que, neste momento, há mais cerca de 20 solicitações para casas sociais aos quais o município não tem, por agora, condições de dar resposta.

O autarca referiu ainda que a escola de Bertelo foi recuperada para um albergue para servir os Caminhos de Santiago e, para a primária de Soutelo, está prevista a construção de um abrigo de montanha.

As outras nove escolas do município foram entregues a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), a juntas de freguesia e uma delas até foi transformada em capela (Fontelo).

Luís Machado salientou que a acção social é uma das prioridades da Câmara de Santa Marta de Penaguião e frisou que o município já investiu 69.400 euros no apoio à habitação degradada, uma medida que ajudou cerca de três dezenas de famílias, e atribuiu 37 bolsas de estudo a universitários do concelho, num investimento de 18.500 euros.

As bolsas de estudo são “uma medida de aposta no futuro e formação dos jovens e no apoio às famílias, reduzindo as dificuldades económicas sentidas por alguns agregados familiares do concelho”.

Nos programas de apoio social e de emprego, protocolados com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, o município investiu 250 mil euros.

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