Roma e Lisboa

Thomas Bernhard: "Eu amo [essas cidades] todas, sobretudo Lisboa (...)."

Estou numa esplanada a reler, com as bochechas cheias de gargalhadas, Extinction de Thomas Bernhard, na tradução inglesa de David McLintock. Quero citar o que ele diz sobre Lisboa mas estou a lê-lo num Kindle, que é uma chatice para quem queira sublinhar passagens ou fazer apontamentos.

Fotografo-as e mando-as para mim próprio por mail. Seria melhor ter trazido o livro em si, até por ser bom comparar os sublinhados anteriores (que parvo que eu era!) com os de agora. Mas o livro estava numa prateleira muito alta e sucumbi à preguiça.

No entanto - eureka! - basta escrever "thomas bernhard lisbon extinction" para aparecerem logo essas mesmas páginas no books.google.pt. E lê-las na íntegra. Senão:  

"Eu amo [essas cidades] todas, sobretudo Lisboa (...). Às vezes pensei que podia viver tanto tempo em Lisboa como vivi em Roma, mas lembro-me logo da comentário certeiro do Tio Georg acerca de Lisboa, que me parece ser a cidade mais esplêndida de todas. Aliás, Lisboa é mais bela do que Roma, mas é provinciana. Os anos mais agradáveis da minha vida foram passados em Lisboa, mas não os melhores; esses passei-os em Roma. Lisboa consegue ser uma mistura perfeita de arquitectura e natureza, como não se encontra em nenhuma outra cidade. (...) Os anos que lá passei foram os mais agradáveis e provavelmente os mais felizes. Mas tenho de dizer que Lisboa não foi a cidade ideal para a minha cabeça, que é o que mais me interessa, ao passo que Roma sempre foi".

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