Bélgica faz prisões e novas acusações contra suspeitos de terrorismo

Investigação aproxima cada vez mais os atentados de Paris e Bruxelas.

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Buscas em Etterbeek, a comuna onde os dois novos acusados alugaram uma casa Yves Herman/REUTERS

Dois novos suspeitos foram acusados na investigação aos atentados em Bruxelas, do passado dia 22 de Março, e três outras foram detidas nesta terça-feira, numa rusga na comuna de Uccle, em Bruxelas, relacionada com a investigação dos ataques terroristas de 13 de Novembro em Paris, informou o procurador federal belga.

Os novos acusados do processo belga são dois irmãos, Samil F., nascido em 1984, e Ibrahim F., nascido em 1988, que estarão ligados ao aluguer de uma casa na rua de Casernes, em Etterbeek, uma outra comuna da capital belga. São acusados "de participar nas actividades de um grupo terrorista, de assassínio terrorista e de assassínio terrorista tentado, como autor, co-autor ou cúmplice", diz a AFP.

Da casa da rua de Casernes terá saído o terrorista que se fez explodir na estação de metro de Maelbeek, no bairro europeu de Bruxelas, Khalid El Bakraoui e um outro homem, capturado no fim-de-semana, Osama Krayem. Nos atentados da capital belga morreram 35 pessoas.

Mas Krayem foi apanhado sem que tenha sido encontrado um saco de viagem que tinha em sua posse, e que se suspeita que contivesse explosivos, diz o jornal La Libre Belgique. Por isso, foi lançada esta manhã uma nova operação policial para tentar encontrá-lo.

Nessa operação, na rua Stalle, uma longa artéria comercial que liga uma via rápida ao centro da comuna de Uccle, no Sul de Bruxelas, foram detidas três pessoas, diz um comunicado do Procurador Federal belga. A suspeita é que estas pessoas estarão relacionadas com os atentados de Novembro em Paris. Mais ao fim do dia um juiz de instrução decidirá se devem ser mantidos em detenção, precisa a AFP.

Ambos os atentados foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico e a investigação tem provado existir uma grande sobreposição entre os seus autores, para além de Salah Abdeslam. A prisão em Bruxelas, no fim da semana passada, de Mohamed Abrini, que é suspeito de ser um dos responsáveis pela logística dos ataques de Paris, e que confessou ser o “homem do chapéu” do atentado no aeroporto de Zaventem em Bruxelas, confirmou mais uma vez os laços estreitos dos organizadores dos dois massacres. 

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