Souto de Moura distinguido com Prémio Carreira da Bienal Ibero-Americana

Atelier Aires Mateus, SAMI e Menos É Mais, com João Mendes Ribeiro, também foram premiados.

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Souto de Moura é autor do Estádio Municipal de Braga e Prémio Pritzker 2011 Miguel Manso

Eduardo Souto de Moura foi distinguido, esta segunda-feira, com o Prémio Carreira da Bienal Ibero-Americana de Arquitectura e Urbanismo (BIAU), uma iniciativa da Governo espanhol e de outras entidades da América do Sul que distinguiu também outros arquitectos portugueses.

A notícia foi divulgada em Paris, à margem do colóquio que precedeu a inauguração oficial, a acontecer esta terça-feira, da exposição Les universalistes, na Cité de l’Architecture et du Patrimoine, junto à Torre Eiffel.

Souto de Moura, que soube da distinção pela ministra do Fomento de Espanha, manifestou ao PÚBLICO o seu agrado por mais um prémio internacional, mesmo se não conhecia ainda formalmente as razões do gesto. “É sempre bom ver o nosso trabalho reconhecido”, disse, antes de integrar o painel que debateu o pós-modernismo, ao lado de Gonçalo Byrne, do crítico Jorge Figueira e do escritor francês Dominique Machabert.

O autor do Estádio Municipal de Braga e Prémio Pritzker 2011 chegou a Paris vindo de Washington, onde finalmente viu aprovado o projecto daquela que será a sua primeira obra nos EUA, um edifício de habitação e escritórios de quatro pisos no centro histórico da cidade. “Foi um processo longo, que me obrigou a participar em cinco sessões de discussão duríssima”, comentou o arquitecto.

Numa das sessões da tarde do colóquio, ficou também a saber-se que o atelier Aires Mateus – quando Manuel Aires Mateus debatia, com Carrilho da Graça (que integrou o júri dos prémios BIAU), Ana Tostões e o arquitecto francês Vincent Parreira a questão do universalismo e da globalização na arquitectura portuguesa – foi também distinguido pela BIAU pela sede da EDP, em Lisboa, e pela Casa no Tempo, do Alentejo.

A entidade ibero-americana premiou ainda o atelier SAMI (Inês Vieira da Silva + Miguel Vieira) pela casa E/C no Pico, Açores; e João Mendes Ribeiro e o atelier Menos É Mais (Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos) pelo Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande, na ilha também açoriana de São Miguel.

No sector das publicações especializadas nas áreas da arquitectura e urbanismo foram distinguidos, ex-aequo, Ana Tostões, pelo livro A Idade Maior (FAUP publicações), e André Tavares, com Uma Anatomia do Livro de Arquitectura (ed. Dafne).

As distinções serão entregues no decorrer da X Bienal Ibero-Americana de Arquitectura e Urbanismo a realizar em São Paulo, Brasil, no próximo mês de Julho.

 

 

O PÚBLICO viajou a convite da Fundação Calouste Gulbenkian

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