PR fala de posição "adequada e sem alarmismo" de Portugal perante ameaça terrorista

Após visita ao Comando Conjunto para as Operações Militares, Marcelo prevê um reforço das Forças Armadas portuguesas em missões internacionais.

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O Presidente falou por videoconferência com militares no teatro das operações Miguel Madeira

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta terça-feira que, perante a ameaça terrorista, a posição adoptada em Portugal tem sido "adequada", destacando que "sem alarmismo" são recolhidas informações e dadas as respostas adequadas.

Marcelo Rebelo de Sousa dedicou a manhã a uma visita às Operações Militares do Estado-Maior General das Forças Armadas Portuguesas, em Oeiras, tendo dito no final aos jornalistas estar "muito bem impressionado" com a "capacidade de resposta, de prontidão das Forças Armadas portuguesas relativamente a um mundo bem mais complicado".

"Eu penso que tem sido adoptada a posição adequada que é, sem alarmismo, recolher as informações que existem e reagir perante elas, e tanto quanto possível prevenindo em conjunto com os aliados", respondeu, quando questionado se o nível de alerta em Portugal deveria aumentar.

Segundo o chefe de Estado, há "um esforço mundial e em particular europeu, ou da NATO, e a resposta que tem sido dada é a resposta adequada, proporcionada".

"Aqui há uma capacidade de acompanhamento, de planeamento, de resposta que é muito significativa, em quadros diferentes, vão desde a Aliança Atlântica, à União Europeia, às Nações Unidas ou até em missões conjuntas e em que é de prever um reforço da participação de Portugal e das Forças Armadas portuguesas nos próximos tempos noutras missões internacionais e isso é muito importante para prevenir e para reagir relativamente a um novo tipo de ameaças", adiantou ainda.

Com a crescente ameaça de terrorismo internacional, em que o grupo extremista Estado Islâmico "tem um papel fundamental, que não está apenas localizado na área em que se fala mais, a Síria ou o Iraque, tem vindo a estender-se no continente africano e ter acções terroristas nomeadamente na Europa e isso obriga a novas missões", lembrou.

"Na última reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional já foi tomado um conjunto de decisões relativamente a áreas como a República Centro-Africana, que podem parecer estranhas porque distantes e não são distantes num ambiente que é global e onde esse tipo de ameaça tem vindo a estender-se geograficamente", explicou.

Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido no Comando Conjunto para as Operações Militares do Estado-Maior General das Forças Armadas Portuguesas com honras militares pela guarda de honra, tendo passado revista às tropas, seguindo-se depois, já longe do olhar dos jornalistas, um briefing sobre as Forças Armadas.

Em directo com os teatros de operações

O Presidente da República, acompanhado pelo ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, esteve ainda em videoconferência com os teatros de operações onde há militares portugueses.

Aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa disse que esta conversa com os militares em missão internacional foi um "momento muito esclarecedor e emocionante".

"Permite, à distância, acompanhar e testemunhar, em nome dos portugueses e em nome de todas as Forças Armadas, uma solidariedade. Vão desde missões mais antigas, como o Kosovo e o Afeganistão, a missões mais recentes, numas zonas muito sensíveis, como o Golfo da Guiné, até missões muito novas, como são aquelas que existem no Mali ou na República Centro Africana", descreveu.

Segundo o Presidente da República, são "missões muito diversificadas, formando, apoiando, garantido a paz, com preocupações humanitárias" e "todas com um grau de sucesso apreciável".

Neste momento, estão em missão internacional 481 militares portugueses, em teatros de operações como o Kosovo, Iraque, Somália, Afeganistão ou Mali, entre outros.

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