Arquitectos Ponto vencem concurso para casas nas Ilhas Selvagens

O concurso desafiou os arquitectos a repensar as construções actuais, bastante precárias, usadas pelos vigilantes das ilhas, que ali permanecem durante todo o ano

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Ponto

A equipa de arquitectos Ponto, liderada por Vasco Tomás Rosa, venceu o concurso "Duas Casas nas Ilhas Selvagens", na Madeira, lançado pela secção regional sul da Ordem dos Arquitectos, no âmbito do programa "escolha-arquitectura". O resultado do concurso foi anunciado esta segunda-feira pela Ordem dos Arquitectos, avançando que o projecto, para repensar as casas dos vigilantes daquelas ilhas, será apresentado nesta quarta-feira, às 19h00, na sede daquela entidade, em Lisboa.

O concurso "Duas Casas nas Ilhas Selvagens" é o primeiro de quatro concursos temáticos que a Ordem deu início no ano passado no âmbito do programa "escolha-arquitectura" e que decorrerá até ao final do ano de 2016. Os quatro concursos, subordinados a temas de reflexão sobre o papel da arquitectura — "Habitar, Sobreviver, Ocupar, Transformar" — têm lugar em diferentes pontos do país, respectivamente na Madeira, o primeiro a ser concluído, na Área Metropolitana de Lisboa, Médio Tejo e Açores.

Reserva natural

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Menção Honrosa Marcelo Dantas+Laura Espejo

A equipa Ponto, composta pelo arquitecto coordenador Vasco Tomás Rosa e pelos arquitectos estagiários Ana Pedro Ferreira, Pedro Maria Ribeiro e José Gustavo Freitas, foi a vencedora deste concurso para as ilhas Selvagens na Madeira. Este concurso desafiou os arquitectos a repensar as construções actuais, bastante precárias, usadas pelos vigilantes das ilhas, que ali permanecem durante todo o ano.

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3.º prémio Pedro Duarte Bento

As ilhas Selvagens da Madeira tornaram-se, em 1971, na primeira Reserva Natural em Portugal, e passaram a ter supervisão permanente desde 1976. De acordo com a apreciação do júri, que avaliou 63 propostas concorrentes, o projecto vencedor vai "eficazmente ao encontro do Programa do Parque Natural, garantindo com o tempo um carácter de organismo endémico, apoderando-se da topografia".

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2.º prémio GGL Atelier Ld.ª

Segundo o relatório do júri, presidido pelo arquitecto João Favila Menezes, "a casa cria uma forte atmosfera que tira partido da relação intensa entre a sua construção e os elementos naturais, o basalto, o mar e o céu". Do júri faziam ainda parte o arquitecto Luís Vilhena, pela delegação da Madeira da Ordem dos Arquitectos, e Paulo dos Santos Gomes Oliveira, director do Parque Natural da Madeira.

O 2.º Prémio foi atribuído ao GGL Atelier Ld.ª com a coordenação da arquitecta Ana Gabriela Bastos Gonçalves, e o 3.º Prémio coube à proposta do arquitecto Pedro Duarte Bento. O júri entendeu ainda atribuir uma Menção Honrosa ao trabalho dos arquitectos Marcelo Dantas+Laura Espejo, pela "sua singularidade".

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