A Sonae e a empresária Isabel dos Santos, que em conjunto controlam mais de 50% da NOS, fazem “uma avaliação extremamente positiva” da administração da empresa e vão propor a sua recondução, adiantou nesta quinta-feira Ângelo Paupério, co-CEO da Sonae.

“A avaliação conjunta que fazemos, ambos accionistas da ZOPT, é extremamente positiva sobre gestão da empresa", disse Ângelo Paupério, durante a apresentação de contas anuais do grupo Sonae.

O gestor referiu ainda que “há unanimidade [na avaliação de] que as coisas têm corrido muito bem e há acordo entre as partes para assegurar uma solução de continuidade sobre novo mandato”, afirmando ainda que o reconhecimento desse trabalho vem também do mercado.

Paulo Azevedo, chairman e co-CEO da Sonae, defendeu que o grupo está “em guerra” em vários segmentos de negócio, para manter as suas posições de liderança, com destaque para a área da distribuição e das telecomunicações.

Sobre as telecomunicações, Paulo Azevedo afirmou que “o sector vive uma situação caricata”, com um concorrente que "diz o contrário daquilo que faz”. Esta declaração tem por base os direitos desportivos, que têm motivado acusações entre a NOS e a Meo.

"Já nos aconteceu há uns anos quando havia um player que lutava por ser monopolista e dizia que era defensor da concorrência”, afirmou Paulo Azevedo.

Sem querer concretizar, o presidente do grupo Sonae declarou que ainda poderá haver novidades nos conteúdos (direitos televisivos). Ângelo Paupério criou ainda maior suspense ao afirmar que “poderá haver notícias nessa área, apesar de estarem muito confortáveis com o ponto de partida”.