Vinte anos a correr para um precipício

A história do Autódromo do Estoril é conhecida. Teve os seus anos de glória, quando recebeu ininterruptamente o Grande Prémio de Portugal em Fórmula 1 (entre 1984 e 1996), e os seus anos de decadência, gerados por desentendimentos, conflitos, acordos falhados e más resoluções, que o transformaram num “elefante branco” inútil e, no entanto, caro, demasiado caro para a sua forçada inutilidade. Sucessivos governos gastaram nele 68 milhões de euros, sem que o Grande Prémio alguma vez voltasse àquelas pistas, durante duas décadas votadas ao abandono. Ao cabo desta corrida para um precipício já dado por inevitável, ressurge uma proposta de investidores italianos para exploração e futura compra do Autódromo. O governo anterior ignorou-a (vendendo-o à Câmara de Cascais), o actual não se sabe o que fará. O importante é que o Autódromo renasça e seja útil. Como está, não serve a ninguém.

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