NOS conseguiu 500 mil novos clientes no móvel em 2015

Venda de serviços em pacote ajuda empresa da Sonae e de Isabel dos Santos a ganhar terreno no móvel, num ano em que o lucro chegou aos 82 milhões.

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NOS já tem 30% das receitas do mercado de telecomunicações Daniel Rocha

A conquista de 500 mil novos clientes no mercado móvel foi um dos indicadores destacados pela NOS na apresentação das contas de 2015, que a empresa terminou com lucros de 82,7 milhões de euros (mais 10,7%). No ano passado, que o presidente da empresa, Miguel Almeida, destacou como tendo sido "um ano extraordinário para a NOS", a operadora conseguiu vender mais 833 mil serviços, para alcançar um total de 8,44 milhões de serviços (as chamadas “unidades geradoras de receita”) no final de Dezembro.

Destes, 500 mil foram serviços móveis, o que fez com que a base a de clientes no móvel aumentasse para um total de 4,123 milhões. “Um crescimento impressionante”, tendo em conta que se trata de “um mercado maduro”, onde a margem de crescimento é curta, destacou nesta terça-feira o administrador financeiro da empresa, José Pedro Pereira da Costa. Frisando que a empresa está a aproximar-se “muito rapidamente do segundo operador móvel [a Vodafone]”, Pereira da Costa destacou ainda o facto de a NOS ter conseguido inverter a tendência de perda de clientes na televisão paga, com 67 mil novos subscritores (para um total de 1,54 milhões).

No final de 2015, a empresa controlada pela Sonae e pela empresária angolana Isabel dos Santos tinha 591 mil clientes de serviços convergentes (ou seja, mais do que um serviço na mesma factura), o que traduz um aumento de 53% face a 2014 e já representa 42% da base de clientes de TV. “Caminhamos a passos largos para que quase metade da base de clientes fixos tenha quase todos os seus serviços, fixos e móveis, na NOS”, destacou o administrador financeiro na conferência de imprensa desta terça-feira.

A receita média mensal dos clientes no segmento residencial subiu cerca de 8% para 42,9 euros e, no total, as receitas da NOS subiram 4,4%, para 1,44 mil milhões de euros. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) melhorou na mesma medida, chegando aos 533 milhões de euros. O investimento também cresceu (9%), para 408 milhões de euros, traduzindo a estratégia de aposta na expansão da rede de última geração, que no ano passado chegou a mais 270 mil casas (num total de 3,6 milhões de casas passadas).

Num ano em que as acções da empresa valorizaram 40%, a empresa conseguiu assim antecipar uma das principais metas a que se propôs chegar em 2014, quando apresentou o primeiro plano estratégico depois da fusão entre a Zon e a Optimus: ganhar cinco pontos de quota e conquistar 30% das receitas do mercado de telecomunicações até 2018.

Os números do último trimestre de 2015 ainda não são oficiais, mas a NOS acredita ter terminado o ano “muito próximo dos 30% ou até acima” dessa fasquia, afirmou Miguel Almeida. É “uma antecipação muito material do que era a ambição da empresa”, que agora terá de rever metas, adiantou o gestor.

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