Carlos Vargas é o novo presidente do Opart

Governo anunciou a constituição do conselho de administração do organismo que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.

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O Organismo de Produção Artística, Entidade Pública Empresarial, integra o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado Nuno Ferreira Santos

O Conselho de Ministros nomeou o novo conselho de administração do Opart – Organismo de Produção Artística, entidade que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado, e que passa a ser presidido por Carlos Vargas. Vargas exercia, desde Março do ano passado, o cargo de director-geral deste organismo.

Carlos Vagas vai ser acompanhado pelos vogais Sandra Maria Albuquerque e Castro Simões e Samuel Costa Lopes do Rego, lê-se no comunicado divulgado nesta quinta-feira.

Segundo o comunicado, estas nomeações, feitas sob proposta dos ministros das Finanças e da Cultura, "foram atestadas através do parecer favorável” da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP).

Carlos Vargas, de 49 anos, já pertenceu ao conselho de administração do Opart e foi administrador do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, de 2011 até 2014.

Licenciado em Línguas e Literaturas Clássicas, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Carlos Vargas deu aulas no mestrado de Gestão Cultural do ISCTE/Instituto Universitário de Lisboa, como conferencista convidado, e também no mestrado Práticas Culturais para os Municípios, como assistente convidado do departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é investigador do Instituto de História Contemporânea e do Observatório Político, sendo ainda doutorando em Ciência Política, na especialidade de Políticas Públicas na mesma Universidade.

Quanto à experiência profissional, Vargas exerceu as funções de assessor da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (Junho de 2010 a agosto 2011), foi vogal do conselho de administração do Opart (2007-2010), vogal do conselho directivo do Teatro Nacional de São Carlos (2004-2007), subdirector da Companhia Nacional de Bailado (1997-2004), administrador liquidatário do Instituto Português do Bailado e da Dança (1998-2001) e vogal da comissão executiva do Instituto Português do Bailado e da Dança (1996-1998), entre outras.

Em comunicado, o Ministério da Cultura (MC) assinala que Carlos Vargas desempenhava o cargo de adjunto, no gabinete da secretária de Estado da Cultura, Isabel Botelho Leal, para o qual tinha sido nomeado, "em regime de comissão de serviço", segundo o despacho publicado no Diário da República de 13 de Janeiro passado.

O MC realça que Vargas "tem vastíssima experiência e qualificações na área da cultura e da gestão cultural".

Samuel Rego foi director-geral das Artes até Janeiro de 2015, funções que exercia desde 2011, quando rendeu no cargo João Aidos, e desempenhava, actualmente, as funções de subdiretor-geral do Património Cultural, que acumulou com a direcção do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, desde Julho do ano passado, até ao início de funções da nova directora, em Janeiro.

Do anterior Conselho de Administração, mantém-se a vogal Sandra Maria Castro Simões e saem o historiador de arte José de Monterroso Teixeira, que exercia as funções de presidente desde Janeiro de 2015, e o pianista Adriano Jordão, que era vogal.

Sandra Simões "ficará com o pelouro das finanças, tendo até aqui desempenhado as mesmas funções no OPART, possui também experiência nas mesmas áreas das finanças e da gestão cultural no Teatro Nacional D. Maria II, na Câmara Municipal de Lisboa e na secretaria de Estado da Cultura", afirma o MC.

"O Governo transmitiu o seu apreço à equipa gestora cessante e, com a decisão hoje tomada, conta que a nova equipa de administradores possa sustentar um novo ciclo de produção artística da Companhia Nacional de Bailado e do Teatro Nacional de São Carlos, com o seu Coro e com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, em estreita ligação com os respectivos diretores artísticos", lê-se no comunicado do Palácio da Ajuda.

O novo Conselho de Administração do OPART cumprirá um mandato de três anos. 

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