Comité de apelo da FIFA reduz castigos aplicados a Blatter e Platini

Duração das suspensões baixa de oito para seis anos.

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AFP

Os recursos de Joseph Blatter e Michel Platini aos castigos que lhes foram aplicados pelo comité de ética da FIFA foram rejeitados pelo comité de apelo da instituição que tutela o futebol mundial, embora o mesmo organismo tenha concedido uma redução das suspensões aos dois dirigentes, de oito para seis anos.

O comité de ética da FIFA decidiu em Dezembro de 2015 afastar Blatter e Platini de toda a actividade ligada ao futebol por um período de oito anos. Na base da decisão estiveram as suspeitas de corrupção em torno de um pagamento de dois milhões de francos suíços (cerca de 1,8 milhões de euros) feito por Blatter a Platini, no ano de 2011, relativo a serviços prestados à FIFA pelo francês alguns anos antes.

Os dois dirigentes apresentaram recurso ao comité de apelo da FIFA, que os interrogou em Fevereiro. Mas não deu razão a nenhum deles, invocando infracções às regras gerais de conduta, de lealdade, de conflito de interesses, de oferta e aceitação de presentes e outros benefícios. Ainda assim, o comité presidido por Larry Mussenden, das Bermudas, corrobora as conclusões do comité de ética quanto à ausência de provas de uma violação ao artigo sobre suborno e corrupção do código de ética da FIFA.

Consequentemente, o comité de apelo “confirmou parcialmente a decisão do comité de ética” mas entendeu que seria aplicável uma redução das penas aplicadas a Blatter e Platini. “O comité de apelo considerou que as actividades e os serviços que os senhores Platini e Blatter prestaram à FIFA, UEFA e ao futebol em geral durante muitos anos deviam ser reconhecidos como factor atenuante”, pode ler-se no comunicado divulgado nesta quarta-feira. Os dois dirigentes viram a suspensão ser reduzida de oito para seis anos. Platini terá ainda de pagar uma multa no valor de 80 mil francos suíços (73.600 euros) e Blatter de 50 mil francos suíços (46 mil euros).

A FIFA vai na sexta-feira eleger o sucessor de Joseph Blatter na presidência. O suíço de 79 anos renunciou ao cargo em Junho de 2015, na sequência da investigação à corrupção no organismo. Platini tencionava concorrer à sucessão de Blatter, mas acabou por retirar a candidatura após ter sido suspenso pelo comité de ética.

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