A Cuca Monga dos Capitão Fausto: a festa, a editora, as bandas (e José Cid)

Os Capitão Fausto criaram bandas em paralelo (Os Modernos, Bispo, El Salvador) e juntaram-nos na editora Cuca Monga. Hoje são mais e chamam mais gente. Este sábado, no Musicbox, apresentam-na em modo big band. Os Modernos com Diego Armés, Luís Severo, Jónatas Pires e a lenda José Cid

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A equipa Cuca Monga reunida para congeminar novas festas e novas edições DR

Começou como forma de agregar a criatividade extra Capitão Fausto, resultado da hiperactividade dos membros da banda de Pesar o Sol. Na Cuca Monga, que encontraríamos os registos dos Modernos, dos Bispo e de El Salvador. Até que a Cuca Monga, baptismo com leitura dupla (podemos lê-la em calão português ou pensar no título de uma colectânea de gravações de Frank Zappa no início dos anos 1960), se começou a tornar algo um pouco mais ambicioso. “Tornou-se mais séria a partir do momento em que distribuímos os EPs digitalmente, programamos uma festa e produzimos compilações físicas da malta toda”, explica Domingos Coimbra, baixista dos Capitão Fausto e também um dos Bispo.

Os EPs são os dos grupos que compõem a editora (além dos três ligados directamente aos Capitão Fausto, temos agora ambém os Ganso, trio de rock libertário feito para dançar, parafraseando Tim Maia). A festa é a residência trimestral da editora no Musicbox, que tem primeira edição este sábado (23h, 10 euros). E, por compilações, Domingos refere-se aos CDs, edição física, portanto, que a Cuca Monga editará em cada uma das festas no Musicbox (a que será disponibilizada este sábada agrupa, sem surpresas, El Salvador, Os Modernos, Bispo e Ganso). Ali se marcará o início de um novo rumo. “A primeira fase da editora serviu para perceber como funciona o meio e como podemos arranjar um bom equilíbrio para as bandas estarem connosco”, conta o baixista dos Capitão Fausto. “Achámos que antes de aceitar novas bandas tínhamos de ser primeiro ratos de laboratório”.

Num primeiro momento, juntaram-se os Ganso. Outros surgirão. E as edições digitais, antecipa Domingos, serão acompanhadas também de lançamentos em formato físico – além das compilações trimestrais, entenda-se. Um modus operandi sem grandes segredos: “Não temos grandes pretensões de responder ao cenário com que se depara a indústria musical, nem de apresentar um modelo diferente ou pioneiro. Queremos editar música feita por nós e por malta de quem gostamos, com o simples objectivo de a ter cá fora para as pessoas poderem ouvir”, defende. Atitude que será reflectida na festa Cuca Monga.

Em palco, a Modernos Big Band, ou seja, a banda ela mesma acompanhada pelos convidados desta primeira edição: Diego Armés (ex-Feromona, actualmente nos Chibazqui), Luís Severo, Jónatas Pires (Pontos Negros) e, de outra geração e, dirão alguns, de outra galáxia, José Cid, o histórico músico português que os Capitão Fausto homenagearam numa das canções do seu álbum de estreia, Gazela. “[José Cid] Surgiu porque é nosso amigo e pareceu-nos evidente convidá-lo. É das pessoas que melhor sabe fazer a festa e, embora nem sempre o pintem nessa cor, sempre alinhou em desafios destes”, diz Domingos Coimbra. Em palco estarão” duas baterias, dois baixos, várias guitarras”. Ouviremos canções dos Modernos e canções dos convidados. Todos celebram todos. Uma boa maneira de apresentar esta aventura chamada Cuca Monga.

 

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