Parlamento dos Açores quer flexibilização do uso civil e comercial das Lajes

PCP propôs uma recomendação ao Governo de António Costa, que foi aprovada, para contornar as “dificuldades e demoras” provocadas pela Força Aérea à operação civil da base.

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Base das Lajes Carlos Lopes / Arquivo

O Parlamento dos Açores aprovou esta sexta-feira, por unanimidade, uma recomendação ao Governo da República para que "flexibilize" a utilização civil e comercial da base das Lajes, na ilha Terceira.

A proposta foi apresentada pelo deputado do PCP, Aníbal Pires, e surge na sequência de um debate parlamentar, ocorrido na terça-feira, durante o qual foram referidos diversos "constrangimentos" na utilização civil da base das Lajes, gerida pela Força Aérea Portuguesa. "Não é aceitável que as exigências militares coloquem novos e incompreensíveis constrangimentos à aviação civil e comercial, contrariando a sua histórica e pacífica coexistência, erguendo obstáculos ao desenvolvimento do transporte aéreo e constituindo-se como mais um factor de estrangulamento da urgente recuperação económica da ilha", justificou o deputado comunista.

Segundo explicou Aníbal Pires, a operação civil naquela base militar dos Açores tem estado sujeita a uma "larga margem de arbitrariedade" por parte do comando da Força Aérea Portuguesa, que provoca frequentes "dificuldades, demoras e outros constrangimentos" para os passageiros.

No seus entender, estas situações, que considera serem "incompreensíveis e inaceitáveis", afectam também a operacionalização do Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira, criado pelo Governo Regional para fazer face à redução do contingente laboral na base das Lajes.

Esta semana, o CDS-PP já tinha suscitado uma sessão de perguntas ao Executivo açoriano sobre esta matéria e o grupo parlamentar do PS já anunciou que vai requerer a audição, em comissão parlamentar, do responsável da Zona Aérea dos Açores, para clarificar estas matérias.

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