Netflix renova Orange is The New Black para mais três temporadas

Série sensação do serviço de streaming está garantida até 2017. Quarta temporada estreia a 17 de Junho.

Uzo Aduba tem sido amplamente premiada desde que a série se estreou em 2013
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Uzo Aduba tem sido amplamente premiada desde que a série se estreou em 2013 Netflix
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Taylor Schilling (à esquerda) é a protagonista da série baseada na história real de Piper Kerman Netflix
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Kate Mulgrew Netflix
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A série tem despoletado a discussão sobre o sistema prisional nos EUA Netflix
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A quatro meses da estreia da quarta temporada de Orange Is The New Black, o Netflix anuncia que a série vai continuar pelo menos por mais três temporadas. A par de House of Cards, este drama com apontamentos de humor negro e tantas vezes difícil de catalogar é, desde o início, uma das grandes apostas do serviço de streaming.

Baseada na história verídica de Piper Kerman, que em 2004 foi presa por ter participado num esquema de tráfico de droga internacional, Orange Is The New Black tem-se distinguido pelo seu elenco maioritariamente feminino e bastante heterogéneo. Passada na prisão federal de segurança mínima de Danbury, no estado de Connecticut, a série de Jenji Kohan, criadora de Erva, parte de uma personagem, Piper Chapman (Taylor Schilling), para nos dar a vida das muitas mulheres que hoje vivem em prisões nos Estados Unidos.

A decisão de renovar a série por mais três anos aconteceu pouco depois de Orange Is The New Black ter sido premiada na semana passada nos Screen Actors Guild Awards (SAGA), pelo segundo ano consecutivo. Um sucesso de crítica e audiências, desde que a produção se estreou em 2013 – em Portugal só ficou disponível no final do ano passado com a chegada do Netflix ao mercado nacional – que os prémios se multiplicam. Nos SAGA, a série foi distinguida não só na categoria de melhor série de comédia, como Uzo Aduba voltou a ser premiada pelo seu papel, ela é Suzanne Warren, mais conhecida por Crazy Eyes – representação que já lhe valeu também dois Emmys.

“Jenji e a sua equipa produziram uma série fenomenal e com impacto que é tanto divertida como dramática, tão perturbante quanto sincera”, escreveu em comunicado Cindy Holland, vice-presidente do conteúdo original do Netflix, defendendo que por todo o mundo – o Netflix está hoje em mais de 130 países – o público quer ver mais esta série.

Garantida até 2017 está Jenji Kohan. Ao contrário do que aconteceu com House of Cards, que foi renovada para mais uma temporada mas viu o seu criador Beau Willimon sair, Orange Is The New Black manter-se-á fiel à sua equipa original.

“Mais três anos! Não é propriamente um mandato político mas ainda assim é muito tempo para fazer algumas coisas interessantes”, reagiu Kohan, que além de criadora da série é também a sua produtora-executiva.

Apesar de não serem conhecidos os números de audiências das séries no Netflix, Ted Sarandos, o responsável pelos conteúdos do serviço de streaming e braço direito do CEO Reed Hastings, revelou durante a conferência da Television Critics Association, em Janeiro, que Orange Is The New Black é a série mais vista na plataforma.

Na mesma ocasião, Jenji Kohan fez uma pequena antevisão do que esperar nesta quarta temporada, cuja estreia está marcada para 17 de Junho. “Queremos que seja uma surpresa”, disse, garantido que questões como o racismo e o ódio continuarão a fazer parte desta temporada. “E algumas coisas de acontecimentos actuais que queremos filtrar através das nossas lentes.”

Quando no final do ano passado, o PÚBLICO falou com Taylor Schilling e a veterana Kate Mulgrew (Galina 'Red' Reznikov), as duas actrizes destacavam a actualidade da série que procura abordar todos os temas fracturantes da sociedade: “liberdade religiosa, sexo, drogas, poder, capitalismo”.

“E nesta [próxima] temporada vamos lidar com a sobrelotação numa instituição privada”, contava então Mulgrew, em resposta ao PÚBLICO, sobre a quarta temporada. “Todos sabem que a prisão nos Estados Unidos é terrível. Um em cada três homens negros no nosso país vai para a prisão. É insano.”

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