A imagem de uma das principais entradas de Loulé para Quarteira e Vilamoura vai mudar. A câmara vai investir 806 mil euros para alterar o perfil do troço final desta estrada - perigosa e de grande  intensidade de trafego - mas a obra principal, dependente da Infraestruturas de Portugal, continua adiada. Com esta intervenção, além da via ganhar mais uma faixa para a circulação automóvel, vai beneficiar de uma ciclopista, passeio pedonal , arranjo paisagístico e iluminação pública.

A configuração de avenida, anunciada na memória descritiva do projecto, fica-se apenas pelas melhorias de um troço com 700 metros. Os restantes 2,7 quilómetros da via, sob tutela da administração central, vão continuar com o piso degradado. As raízes dos pinheiros e cedros, situados junto às bermas, chegam a formar lombas de 20 centímetros de altura. As obras, adjudicadas pela câmara de Loulé, têm início marcado para a próxima segunda-feira, prologando-se por 210 dias.  

A execução dos trabalhos vai implicar o derrube de 20 das 80 árvores que ladeiam o troço urbano de uma das vias mais movimentadas na região. A estrada ficará com duas faixas de circulação no sentido Loulé-Quarteira, e uma no sentido oposto. O projecto, da autoria de Paulo Viegas, prevê ainda a plantação de 105 novas árvores que irão substituir os pinheiros e cedros que vão ser abatidos, por se encontrarem mortos, em mau estado ou coincidirem com o traçado da rotunda norte. 

Paulo Viegas justifica os limites da intervenção com a necessidade de preservar as árvores de grande porte ali existem. A proposta, diz, privilegia a qualidade ambiental. Além de uma cortina arbórea, formada com os pinheiros existentes, prevêem-se zonas com mobiliário urbano e de atravessamento de peões, impondo-se, assim, uma melhoria do fluxo no trânsito e redução da velocidade nos pontos mais problemáticos da via.