Libertado suspeito de falsa ameaça de bomba em avião da TAP em Faro

Aeroporto de Faro esteve três horas em “alerta laranja”. Suspeito, que se recusou a prestar declarações, possui historial de problemas psiquiátricos.

Foto
O aeroporto esteve em “alerta laranja” Bruno Filipe Pires/jornal Barlavento

Uma falsa ameaça de bomba num avião da TAP deixou nesta terça-feira o aeroporto de Faro em “alerta laranja”, o segundo mais grave de uma escala de três. Todos os 38 passageiros que seguiam a bordo da aeronave foram retirados em segurança e transportados para Lisboa noutro aparelho. A PJ identificou, entretanto, o presumível autor da falsa ameaça de bomba, que esteve três horas nas instalações daquela polícia e saiu em liberdade. "O suspeito não quis prestar declarações", adiantou fonta da PJ.

Trata-se de um homem de 35 anos, solteiro e reformado, com um historial de problemas psiquiátricos. Durante o interrogatório, o suspeito foi constituído arguido, tendo ficado sujeito ao habitual termo de identidade e residência, adianta a PJ num comunicado. A nota precisa que o suspeito "pelas 06h, através de um telefonema, fez crer que o primeiro avião a descolar do Aeroporto Internacional de Faro possuía um engenho explosivo a bordo", sem adiantar as razões que estiveram na base deste falso alarme.

O homem chegou ao início da tarde às instalações da directoria de Faro da PJ.  Após conferenciar com o advogado, foi sujeito a interrogatório, tendo optado por não prestar declarações. O suspeito foi identificado depois de a polícia ter conseguido localizar a origem do telefonema a alertar para a existência de uma bomba a bordo de um avião.

O incidente ocorreu num voo da TAP com destino a Lisboa, que não chegou a descolar e permaneceu imobilizado durante cerca de três horas na pista do aeroporto. Para o local deslocaram-se vários meios de socorro e elementos do Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo da PSP, que confirmaram ter-se tratado de um falso alarme depois de procederem a peritagens no interior da aeronave. 

O director da Polícia Judiciária de Faro, Luís Mota Carmo, confirmou que se tratou de um falso alarme, mas avançou que “este tipo de acções são para levar a sério”.

Apesar do incidente, as operações no aeroporto de Faro decorreram normalmente durante as primeiras horas da manhã desta terça-feira, não havendo registo de atrasos nem cancelamentos de mais voos. À agência Lusa o porta-voz da ANA – Aeroportos de Portugal garantiu que foram seguidos todos “os procedimentos aplicáveis nestes casos” e que autoridades estão agora a investigar.

Os 38 passageiros afectados voaram entretanto para Lisboa num outro avião, que partiu às 11h20 do aeroporto de Faro. Com Mariana Oliveira

Sugerir correcção
Ler 2 comentários